11 de abr. de 2007

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Por Plínio Zabeu

Segundo pesquisa nacional cresce o prestígio do presidente. As tentativas de explicações para tal sucesso são inúmeras, mas parece ser a mais certa a imensa capacidade dele de se safar de acusações, conseguir a simpatia de grande parte da população (à custa de assistencialismo – coisa bem diferente de assistência), enfim, convencer que nada sabia e nunca vai saber do que acontecia e acontece ao seu redor. Investigações, mesmo bloqueadas pela força total do governo, demonstraram com evidências o grande golpe dado nas nossas economias durante o primeiro mandato. Calcula-se, por baixo, cerca de 3 bilhões de Reais desviados. Nada, absolutamente nada aconteceu aos responsáveis. Vem nova crise – a do apagão – e ele se safa de novo ao mostrar que governa apenas para os pobres que não necessitam de avião. Os ricos que se danem.
Mais séria é a aprovação do congresso nacional, por nada mais de 1% da população. E notem que a porcentagem dobrou, já que há um ano esse número não passava dos 0,5%. Como entender isso? Muito fácil. Mesmo para os que pouco ou nada se interessam a imprensa livre acaba por mostrar o desastre total do que se chamaria de ética ou decência da grande maioria dos políticos brasileiros. Ontem mesmo fizeram o presidente da casa voltar atrás, eliminando as sessões de segunda feira. Claro que levou adiante o projeto de aumento salarial deles todos.
Um congressista honesto – não duvidem, pois existem sim, e bastante envergonhados – hoje procura se esconder pois deve doer em sua alma tal “apreciação” popular.
E o que fazem para mudar isso tudo? Absolutamente nada. Projetos de reforma política não andam. Legisladores não são tão necessários assim, já que existe a facilidade das Medidas Provisórias.
Então, quem está legislando é o presidente e não o congresso. Quando alguma coisa é conseguida, como a lei da chamada Super Receita, o presidente – sob influência de interessados – simplesmente veta o artigo mais importante.
O Judiciário (com maiúscula hoje pela recente decisão) manda que o deputado que mudar de partido perde o mandato. Esta notícia apareceu como uma esperança, uma luz no fim do túnel. Quem sabe seria o início de renovação, de implantação de um mínimo necessário de ética e decência? Se os políticos aceitarem esta decisão (que nada mais é que a confirmação de lei já existente e não cumprida), provavelmente terão no próximo ano, por ocasião de nova pesquisa, um aumento na aprovação deles.
Só que isso não vai mesmo acontecer.
pzabeu@uol.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Atenção! Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, não caiam nessa armadilha do PT.


A utilização das Forças Armadas para fins que não lhe são de princípio é pôr em risco a coesão e a integridade moral da tropa.

Os Senhores deveriam dar a estes traidores a mesma resposta que o digno e honrado Marechal Deodoro deu em 1887, ao regime monarquista que os queria em operações de capitão-do-mato, para resgatar os escravos fugidos das fazendas:

"Não nos dêem tais ordens, porque não as cumpriremos!".

Forças Armadas e banditismo. O contágio será inevitável! Senhores Comandantes não cometam tal desatino em nome do respeito que ainda lhes restam.

Tudo isto faz parte de um roteiro demoníaco planejado pelo Foro de São Paulo para desmoralizar de vez com nossas Forças Armadas. Este é um caminho sem volta!

Bootlead


http://bootlead.blogspot.com