Por Fabiana Sanmartini
Toda polemica gerada ao redor do ótimo filme “Tropa de Elite”, diga-se de passagem, tem gerado exaustivas discussões em recintos cheios de intelectualóides e até nas rodas de botequim. Lembremos que tudo começou com a tentativa de proibição do filme, fato que gerou uma avalanche de cópias piratas vendidas por toda parte.
A tentativa partiu de um grupo de integrantes do próprio BOPE, foi descartada pela liberação da película. Daí as discussões mudaram de teor, anteriormente, alegando violência agora se volta para o prejuízo com as cópias piratas. Balela! Os meios de comunicação mostram diariamente a corrupção nos mais altos postos do governo país. A polícia prende, a polícia que invade, corrompe, ameaça, mata, rouba... O filme é bom, tem a violência que vemos nos jornais, a corrupção que estamos cansados de saber. O fato é que com ou sem prejuízo o filme está “bombando” mesmo antes da estréia nacional. E a polemica, se não era intencional, está inflamada. Quem sustenta o tráfico, a violência e a corrupção dentro da polícia forma monstros, existem policiais honestos? É bem verdade que estes assuntos são bem mais profundos e de difícil solução, mas neste caso, a arte mostra ao que veio, fazer pensar e formar opiniões, mexer com valores. Muitas vozes antes mudas dentro da própria corporação (PM) já se manifestam. Pode-se até ficar rouco de gritar, contra fatos não existem argumentos. Valeu a todos os envolvidos na produção do filme. É bem verdade que já existem as distorções, mas é assim na democracia, você não é obrigado a concordar, pode ter sua própria opinião. Como a do coronel Ubiratan Ângelo, comandante-geral da polícia militar, que alega estar a corrupção nas áreas que nós, sociedade civil, toleramos, ou seja, segundo ele, jogo do bicho, drogas e prostituição. Não satisfeito, declarou ainda que nós decidimos que a polícia deveria ser violenta. Faça-me o favor, nós decidimos que a corrupção deveria estar fora do país, quando gritamos pela renuncia de Renan Calheiros, fomos jogados para escanteio e a imundice amoral continuou a presidir o senado. Então faça-nos o favor, passar a culpa da violência, da corrupção e do despreparo adiante não soluciona o problema. A polêmica esta lançada e cabe a cada um ver qual sua visão diante principalmente da violência, não a mostrada no filme, é maior, é a posição diante do próprio instinto. Mesmo os que gritam pela paz, se gritam, já não é paz. Alguns certamente me perguntaram qual a solução que tenho, não tenho! Uso o que posso, escrevo, os autores, atores, direção do “Tropa de Elite” usam o cinema. O governo? Ele deveria ter a solução, se não estava preparado que não se candidatasse. E você?
(*) Na foto, o ator André Ramiro, que no filme é o coadjuvante Matias.
Leia a matéria em O Globo online
Toda polemica gerada ao redor do ótimo filme “Tropa de Elite”, diga-se de passagem, tem gerado exaustivas discussões em recintos cheios de intelectualóides e até nas rodas de botequim. Lembremos que tudo começou com a tentativa de proibição do filme, fato que gerou uma avalanche de cópias piratas vendidas por toda parte.
A tentativa partiu de um grupo de integrantes do próprio BOPE, foi descartada pela liberação da película. Daí as discussões mudaram de teor, anteriormente, alegando violência agora se volta para o prejuízo com as cópias piratas. Balela! Os meios de comunicação mostram diariamente a corrupção nos mais altos postos do governo país. A polícia prende, a polícia que invade, corrompe, ameaça, mata, rouba... O filme é bom, tem a violência que vemos nos jornais, a corrupção que estamos cansados de saber. O fato é que com ou sem prejuízo o filme está “bombando” mesmo antes da estréia nacional. E a polemica, se não era intencional, está inflamada. Quem sustenta o tráfico, a violência e a corrupção dentro da polícia forma monstros, existem policiais honestos? É bem verdade que estes assuntos são bem mais profundos e de difícil solução, mas neste caso, a arte mostra ao que veio, fazer pensar e formar opiniões, mexer com valores. Muitas vozes antes mudas dentro da própria corporação (PM) já se manifestam. Pode-se até ficar rouco de gritar, contra fatos não existem argumentos. Valeu a todos os envolvidos na produção do filme. É bem verdade que já existem as distorções, mas é assim na democracia, você não é obrigado a concordar, pode ter sua própria opinião. Como a do coronel Ubiratan Ângelo, comandante-geral da polícia militar, que alega estar a corrupção nas áreas que nós, sociedade civil, toleramos, ou seja, segundo ele, jogo do bicho, drogas e prostituição. Não satisfeito, declarou ainda que nós decidimos que a polícia deveria ser violenta. Faça-me o favor, nós decidimos que a corrupção deveria estar fora do país, quando gritamos pela renuncia de Renan Calheiros, fomos jogados para escanteio e a imundice amoral continuou a presidir o senado. Então faça-nos o favor, passar a culpa da violência, da corrupção e do despreparo adiante não soluciona o problema. A polêmica esta lançada e cabe a cada um ver qual sua visão diante principalmente da violência, não a mostrada no filme, é maior, é a posição diante do próprio instinto. Mesmo os que gritam pela paz, se gritam, já não é paz. Alguns certamente me perguntaram qual a solução que tenho, não tenho! Uso o que posso, escrevo, os autores, atores, direção do “Tropa de Elite” usam o cinema. O governo? Ele deveria ter a solução, se não estava preparado que não se candidatasse. E você?(*) Na foto, o ator André Ramiro, que no filme é o coadjuvante Matias.
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