26 de mar. de 2007

Todo Mundo Metendo a Mão no Cofre da Viúva

Em uma pesquisa de opinião, 73% dos entrevistados acham que o governo não quer instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar as causas do caos aéreo que já se tornou permanente, pois teme que sejam descobertas as maracutias nas obras dos aeroportos.
Diogo Mainardi, bem a seu estilo, direto e sem deixar dúvidas, acusa frontalmente o deputado Carlos Wilson (PT-PE), quando presidente da Empresa Brasileira de Estrutura Aeroportuária - Infraero, de no mínimo ter favorecido de forma irregular seu sogro Francisco Brennand, pois foram usados na obras de reformas do aeroportos de Recife, Maceió e Congonhas (SP) azulejos e pisos fabricados por ele (Oficina Brennand), numa manobra envolvendo empreiteiras e governo.
Desde sua fundação (1972), a Infraero foi administrada por técnicos mas Lula quis inovar e colocou lá um político, o próprio Carlos Wilson, este que era do PTB e amigo de Roberto Jefferson, transformou a empresa em um centro de captação de recursos eleitorais. Durante seu período Wilson deixou no rastro 92 auditorias do Tribunal de Contas da União, que detectaram irregularidades e superfaturamento nas obras dos aeroportos.
Mas Wilson é amigo do Homem, mudou de partido passando para o PT e o Homem Lula , no dia 3/4/2004, não poupou elogios ao novo “companheiro”. (G.S.)

“Eu queria, aqui, fazer um elogio: o nosso companheiro Carlos Wilson, que está há apenas 13 meses na presidência da Infraero, mas nesses 13 meses ele, possivelmente, já fez mais do que outros que passaram lá em 13 anos. Inclusive Carlos Wilson, você que não é paulista, é pernambucano como eu, mas eu, que morava em São Paulo, você não sabe o que a gente sofria naquele aeroporto de Congonhas. Todo santo dia nós amaldiçoávamos alguém. E, se Deus quiser, em julho, vamos inaugurar não apenas a reforma do aeroporto, mas aquele estacionamento, porque aquilo era uma coisa bárbara para quem chega lá.”

Escreve mais sobre o assunto Diego Escosteguy.

Lei a matéria na Veja online

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