Por Giulio Sanmartini
Depois da derrubada de João Goulart (1964), no Brasil existiam 3 candidatos civis à presidência: Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto.
Juscelino, logo saiu da disputa, pois teve seus direitos políticos cassados em junho de 1964.
Os dois restantes, então governadores, Lacerda do Estado da Guanabara e Magalhães de Minas Gerais, quiseram eleições diretas para o governo do seu estado, que seria uma forma de garantir as presidenciais no fim do mandato de Castello Branco, o primeiro presidente do regime militar. Castello atendeu a ambos e assim em 1965, na Guanabara foi eleito Francisco Negrão de Lima e em Minas Israel Pinheiro, ambos ligadíssimos a Juscelino, o que representou uma derrota aos dois ex governadores.
Lacerda tentou convencer Castello Branco a não dar posse aos governadores eleitos, mas este fez pé firme e disse-lhe sem meias palavras que fora ele, Lacerda, quem quisera as eleições e estas seriam honradas. Lacerda inconformado começou a insuflar o ministro da Guerra Arthur da Costa e Silva e a oficialidade jovem da Vila Militar, no sentido que forçassem Castello a não dar a posse.
Na época, a Vila Militar representava o núcleo mais forte do exército brasileiro, era lá que se definiam as coisas. Costa e Silva foi à Vila, e os coronéis o ovacionara, sentindo-se forte, pediu audiência ao presidente. Este o fez esperar dois dias, lhe era superior por dois motivos, primeiro era presidente da República, depois, militarmente, por ser de turma mais antiga. Quando Costa e Silva chegou ao palácio, foi logo introduzido no gabinete do presidente, que lia alguns papeis e sem levantar a cabeça disse:
- Pois, não general?
- Queria falar com o senhor, presidente.
Castelo levantou a cabeça e olhando fixamente o ministro perguntou de chofre:
- O senhor veio sentar em minha cadeira?
- De forma alguma, presidente.
- Então quando sair feche a porta – Castello encerrou a conversa. voltou a ler os papeis e terminou com a crise que vinha se desenhando.
A outra crise, em 1977, não teve uma forma tão educada para ser resolvida, mas mudando o que deve ser mudado, foi a mesma coisa.
Governava o Brasil, o 4° presidente militar, Ernesto Geisel, o ministério da Guerra não existia mais com esse nome, em 1967, mudara para ministério do exército era seu titular, o general linha dura Silvio Frota, que queria substituir Geisel, mas este sabia que a escolha de Frota seria um retrocesso e foi contra. Frota usou os mesmo métodos de Lacerda, levantou a turma linha dura da Vila Militar, com um discurso inflamado, e foi dizer a Geisel, que queria ser seu substituto, este disse-lhe sem meias palavras que não.
- Mas eu sou o ministro do Exército – argumentou Silvio.
- Mas o cargo e meu e o senhor está exonerado – contra argumentou Giesel
- Pega o cargo e enfia no rabo! – respondeu Silvio.
- Vai tomar no cu e sai daqui seu filho da puta. – encerrou Geisel
Silvio Frota saiu batendo a porta. e a crise estava resolvida.
Quando existe respeito a hierarquia, de forma inteligente ou de forma “digna” de um sargentão casca grossa, as crises são resolvidas de forma rápida e sem problemas futuros.
Desejar isso do incompetente e inerme governo Lula é querer demais!
* A foto que ilustra o artigo é de Humberto de Alencar Castello Branco
Depois da derrubada de João Goulart (1964), no Brasil existiam 3 candidatos civis à presidência: Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto.
Juscelino, logo saiu da disputa, pois teve seus direitos políticos cassados em junho de 1964.
Os dois restantes, então governadores, Lacerda do Estado da Guanabara e Magalhães de Minas Gerais, quiseram eleições diretas para o governo do seu estado, que seria uma forma de garantir as presidenciais no fim do mandato de Castello Branco, o primeiro presidente do regime militar. Castello atendeu a ambos e assim em 1965, na Guanabara foi eleito Francisco Negrão de Lima e em Minas Israel Pinheiro, ambos ligadíssimos a Juscelino, o que representou uma derrota aos dois ex governadores.
Lacerda tentou convencer Castello Branco a não dar posse aos governadores eleitos, mas este fez pé firme e disse-lhe sem meias palavras que fora ele, Lacerda, quem quisera as eleições e estas seriam honradas. Lacerda inconformado começou a insuflar o ministro da Guerra Arthur da Costa e Silva e a oficialidade jovem da Vila Militar, no sentido que forçassem Castello a não dar a posse.
Na época, a Vila Militar representava o núcleo mais forte do exército brasileiro, era lá que se definiam as coisas. Costa e Silva foi à Vila, e os coronéis o ovacionara, sentindo-se forte, pediu audiência ao presidente. Este o fez esperar dois dias, lhe era superior por dois motivos, primeiro era presidente da República, depois, militarmente, por ser de turma mais antiga. Quando Costa e Silva chegou ao palácio, foi logo introduzido no gabinete do presidente, que lia alguns papeis e sem levantar a cabeça disse:
- Pois, não general?
- Queria falar com o senhor, presidente.
Castelo levantou a cabeça e olhando fixamente o ministro perguntou de chofre:
- O senhor veio sentar em minha cadeira?
- De forma alguma, presidente.
- Então quando sair feche a porta – Castello encerrou a conversa. voltou a ler os papeis e terminou com a crise que vinha se desenhando.
A outra crise, em 1977, não teve uma forma tão educada para ser resolvida, mas mudando o que deve ser mudado, foi a mesma coisa.
Governava o Brasil, o 4° presidente militar, Ernesto Geisel, o ministério da Guerra não existia mais com esse nome, em 1967, mudara para ministério do exército era seu titular, o general linha dura Silvio Frota, que queria substituir Geisel, mas este sabia que a escolha de Frota seria um retrocesso e foi contra. Frota usou os mesmo métodos de Lacerda, levantou a turma linha dura da Vila Militar, com um discurso inflamado, e foi dizer a Geisel, que queria ser seu substituto, este disse-lhe sem meias palavras que não.
- Mas eu sou o ministro do Exército – argumentou Silvio.
- Mas o cargo e meu e o senhor está exonerado – contra argumentou Giesel
- Pega o cargo e enfia no rabo! – respondeu Silvio.
- Vai tomar no cu e sai daqui seu filho da puta. – encerrou Geisel
Silvio Frota saiu batendo a porta. e a crise estava resolvida.
Quando existe respeito a hierarquia, de forma inteligente ou de forma “digna” de um sargentão casca grossa, as crises são resolvidas de forma rápida e sem problemas futuros.
Desejar isso do incompetente e inerme governo Lula é querer demais!
* A foto que ilustra o artigo é de Humberto de Alencar Castello Branco
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