Leonel Brizola, quando voltou do exílio, tinha somente um objetivo, ser presidente da República, o governo do Estado da Guanabara, seria um estágio, um “pit stop”, no trajetória.Vieram as eleições presidenciais de 1989, quando começou a ficar mal colocado nas pesquisas ele nem se abalou, pois, segundo ele, assim que começasse o horário gratuito na televisão, com seu carisma e sua capacidade de comunicação chegaria onde bem entendesse. O resultado foi aquele que todo mundo sabe, não conseguiu disputar o segundo turno com Collor, superado que foi por Lula, que vinha correndo por fora. E assim, perdeu sua chance de ser presidente, por pura preguiça e por supervalorizar-se.
Mudando o que deve ser mudado, o mesmo está acontecendo com Lula, dentro de um raciocínio desenvolvido pelo historiador Marco Antônio Villa (foto), em entrevista à Angélica Santa Cruz.
Diz Villa, q que crise aérea é mais um dado produzido pelo governo de um presidente que não consegue fazer escolhas.
Conta uma história de 1980, quando nos dias decisivos de uma grave que ele montara, repentinamente desapareceu, fora “esconder-se um sítio. Os dirigentes sindicais foram lá e deram-lhe uma dura, só assim ele voltou para a assembléia de Vila Euclides e o jornal local teve como manchete: Ele voltou!
Durante seu primeiro mandato Lula teve dificuldades em tomar decisões no momentos cruciais, o “apagão” é mais um entre muitos exemplos. Esse sistema de empurrar com a barriga é muito bom para ele, mas deletério para o Brasil.
Lula é uma farsa inventada por “companheiros intelectualóides e comunistódias” que se serviram e continuam se servindo de seu carisma, para manter-se agarrados no poder. “O presidente Lula não gosta de ser um executivo, reunir equipes, levar relatórios para casa, pegar retornos técnicos e, com base nisso, tomar decisões. Nesse sentido, ele não preside. O presidente gosta do poder, é encantado pelo cerimonial do Palácio e por tudo o que é externo ao ato de governar. Gosta de fazer discursos com temáticas pessoais, autobiográficas. Gosta do mundo palaciano em que presidentes jamais são vaiados e exerce uma “Presidência do Espetáculo” que até lembra o Absolutismo, em que tudo é revelado.”
Todavia o mais grave e ele não saber que ninguém se mantém no poder somente com carisma. Portanto seu governo está entrando num perigoso brejo. (G.S.)
Leia a matéria em O Estado de São Paulo
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