6 de jun. de 2007

Meia Ambiente

Por Plínio Zabeu

A natureza, constantemente ameaçada durante séculos finalmente mostrou que não perdoa nunca seus agressores. Somos nós, os seres humanos, que de tudo temos feito para sua destruição.
Ao notarem o aumento do aquecimento global, as geleiras se derretendo, o principal elemento – a água – se escasseando, o ar contaminado e o risco de uma destruição total, eis que os grandes culpados – os países mais ricos principalmente – começam a tomar providências para ao menos diminuir tais efeitos. Diminuir, porque a volta à normalidade será totalmente impossível. Temos que nos preocupar com o que sobrou da devastação.
Em 1992 aconteceu uma reunião internacional no Rio de Janeiro. Já naquele tempo foram todos informados do risco iminente. Posteriormente nova reunião no Japão (Kioto) com novo protocolo. Esperávamos que algo de concreto fosse iniciado.
Mas, passados tantos anos, o que assistimos é a constante agressão ao meio ambiente. Parece que nada foi aprendido. Países ricos – Estados Unidos, por exemplo – preferiram ignorar tais protocolos, levando em conta apenas o interesse da maior produção industrial sem atentar para as conseqüências.
Países emergentes, como o nosso, continuaram destruindo a natureza. Somos uma das quatro nações que contribuem para tal aquecimento. Infelizmente não pela nossa produção industrial – que ao menos nos daria um crescimento da economia – mas simplesmente porque continuamos a queimar florestas ou retirar madeira sem levar em conta nenhum regulamento, nenhuma lei.
É um problema que o governo precisa levar a sério de uma vez por todas. Necessitamos de mais energia principalmente dentro de cinco anos. Porque, como estamos hoje nesse campo, teremos um novo “apagão” com prejuízo do desenvolvimento.
O perigo mora principalmente no interesse político. Temos leis que controlam o meio ambiente. Temos o IBAMA, criado para tal controle. Do outro lado precisamos de novas usinas hidroelétricas que só podem ser instaladas com autorização do referido órgão.
Como os regulamentos não podem ser desrespeitados, eis que apareceu a solução: Dividir o IBAMA em dois. Ou seja, mudam-se as regras para se conseguir mais desmatamento e mais comprometimento de fontes naturais. Usinas atômicas têm seus riscos ambientais. As movidas a gás ou a carvão também poluirão mais.
Trata-se realmente de um grande desafio. Como parece que os governantes finalmente compreenderam o sério problema, talvez possamos preservar o que nos resta de natureza, sem interesse político.
pzabeu@uol.com.br

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