7 de jun. de 2007

Tudo Tem um Limite

Por Giulio Sanmartini

A coisa não está boa para ninguém. O senadores perceberam, que o custo de estar na contramão da opinião pública só lhes renderá prejuízo, nesse ponto começa prevalecer a máxima “farinha pouca pirão pra mim primeiro”. Romeu Tuma macaco velho, o que queria absolver logo Renan, tirou o seu da reta e depois de ouvir Cláudio Gontijo declarou:
“- Eu jamais poderia arquivar nada como corregedor, eu disse que gostaria, como gostaria que ninguém praticasse nenhuma sacanagem nessa casa.”
Além mostrar que a coisa não está fácil, afirmou que faz parte de um senado povoado por sacanas, o que é uma acusação séria.
O presidente de Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC), que já estava com a caixa do arquivo inativo aberta para colocar a documentação contra o presidente do Senado, deu meia volta e nesta quarta-feira resolveu investigar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para apurar acusações de que teria utilizado recursos da empreiteira Mendes Júnior para o pagamento de parte de suas despesas pessoais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já sabia antes de sua viagem ao exterior que seu irmão Vavá (Genivaldo Inácio da Silva), estava mais uma vez enrolado em falcatruas, deixou a coisa correr frouxa, avaliou que lhe seria de maior proveito tirar os holofotes de Renan e colocá-los sobre o “pobre diabo” que é o irmão, aproveitando o fato para mostrar que era o grande isento, que para ele o que vale é a lei, quem errar paga, valendo-se da falta de memória do brasileiro. Tudo conversa fiada pois só não sabe quem não quer, que Lula só tem um amigo e um parente: ele mesmo.
Na seqüência dos fatos, o depoimento de Cláudio Gontijo (foto à direita), que chegaria com o gostoso cheiro de pizza recém assada, desandou, pois Mônica Veloso (é aí que mora o perigo, Renan implora a colegas que não ouçam Mônica), o desmentiu alegando que sempre recebeu dele dinheiro vivo, que jamais lhe fora feito um deposito bancário e colocou seus extratos de contas a disposição de quem quiser. E para atrapalhar mais ainda, o presidente do Senado nada possui, que invalidem as acusações feitas contra ele pelo jornalista Policarpo Junior (Veja).
O fim de semana está próximo e com ele a ida às bancas do novo número de Veja, vale esperar por ele.
Parece que dessa vez os políticos pretenderam ir muito fundo com a impunidade e o corporativismo. Espera-se que o eleitorado brasileiro não aceite que mais essa falácia, com gosto de óleo de rícino, lhe seja empurrada goela abaixo.

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