29 de jul. de 2007

Vaiar ou não

Por Ralph J. Hofmann

Nos comentários dos leitores do Blog Prosa & Política em que se promove a incitação à vaia contra o Presidente Lula em sua próxima viagem a Cuiabá observamos um grande número de pessoas que aprovam a concitação à vaia contra o Presidente Lula. Por outro lado também há bastante correspondência, em grande parte de anônimos, condenando a vaia até mesmo acusando os grandes noticiosos, Adriana Vandoni e outros de golpistas e conspiradores.
Creio que aqui é importante ressaltar mais que o Presidente Lula não é um homem de leituras. Portanto aparentemente ao longo destes quase cinco anos não lê pessoalmente artigos e notícias que reflitam críticas ao seu governo. É alimentado no seu ego pelos louvores dos que o cercam e pelas claques organizadas que se movimentam por onde vá. Só ouve aplausos.
Como penetrar o autismo de quem está convicto de que é o rei da cocada preta? Como explicar que a um homem que se atreve a dizer que “nunca neste país ...”, quando visivelmente não fez nada pelo país senão espalhar a corrupção. Como penetrar a carrapaça de auto louvor de quem diz considerar o filho um grande e hábil empresário quando a empresa do mesmo não seria nada não fossem grandes aportes de fundos de empresa ligada ao governo.
O volume de apupos e repúdio precisa ser grande. O homem precisa ser vaiado. O fenômeno dos carapintadas precisa ser reeditado. Assim haverá uma consciência entre o Ministério Público e a Polícia Federal de que seu trabalho encontrou eco no povo. Assim pelo menos o Supremo Tribunal perceberá que não pode mais passar por cima das realidades. Assim ministros perceberão que precisam trabalhar, sob pena de serem execrados publicamente.
Não se trata de corrigir o Presidente Lula. Este e seus asseclas estão irremediavelmente comprometidos na sua rota atual.
Trata-se de informar aos atuais e futuros governantes de que o povo brasileiro, paciente, avesso à violência na política, exemplar na sua bondade não é um povo que se permita lesar “ad infinitum”, não tem sangue de barata como parecia até poucas semanas atrás.
Trata-se de demonstrar que a pecha de ser um dos paises mais corruptos do mundo envergonha o homem da rua, que trabalha, não recebe bolsa família, paga 40% do que recebe para alimentar uma estrutura de favores e sinecuras que compromete toda a modernidade que o país almeja alcançar.

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