“Exibicionista, anacrônico, troglodita e palavroso, estarrece o País, como se fosse um dicionarista e não um ministro nomeado para resolver. E diz, em plena televisão: O importante não é a segurança e sim P-E-R-C-E-P-Ç-Ã-O da segurança". (Hélio Fernandes, na Tribuna da Imprensa)
Por Pedro Oliveira - Jornalista e presidente do Instituto Cidadão.
Não me surpreendi quando vi o ministro da Defesa, Nelson Jobim, usando uniforme do exército e insígnias de general quatro estrelas quando em visita unidades militares no Amazonas, logo após a sua a sua posse. Lembrou-me semelhante espetáculo encenado pelo nosso “Indiana Jones tupiniquim”, Fernando Collor, em uma de suas pirotecnias quando presidente,teve o mesmo gesto e foi bastante criticado.Agora além das críticas já rendeu um processo. O coronel da reserva Cícero Fornari representou ao Ministério Público Militar contra o ministro por “violação do Estatuto dos militares que proíbe a civis o uso de uniformes, distintivos, insígnias e emblemas privativos de militares”. A pena prevista é de seis meses de detenção.
Jobim, todos sabem, é chegado também a fanfarronices e sua história tem mostrado isso. Foi irresponsável como constituinte (e isto ele mesmo confessou), leviano no Supremo e é muito mais eficiente no falar do que no fazer.
Na sua posse a arrogância falou mais alto e ele disse: “Nunca se queixe, nunca explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora”. Lá estava presente aquele ao qual se destinava a frase: o seu antecessor Waldir Pires, constrangido, humilhado. Um homem cuja história é bem diferente da de Jobim. A integridade moral, a decência, a compostura de Waldir são inatacáveis. Sua vida pública é um relato de serviços prestados ao país. Leva consigo todo o respeito das Forças Armadas que comandou, mas não teve o apoio principal do presidente da República. Faltou-lhe força para implantar um projeto eficiente na defesa nacional, mas jamais lhe faltaria dignidade para deixar o cargo de cabeça erguida, sem mesmo se queixar da falta de preparo do presidente Lula, para comandar até uma birosca no ABC paulista.
Jobim, todos sabem, é chegado também a fanfarronices e sua história tem mostrado isso. Foi irresponsável como constituinte (e isto ele mesmo confessou), leviano no Supremo e é muito mais eficiente no falar do que no fazer.
Na sua posse a arrogância falou mais alto e ele disse: “Nunca se queixe, nunca explique, nunca se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora”. Lá estava presente aquele ao qual se destinava a frase: o seu antecessor Waldir Pires, constrangido, humilhado. Um homem cuja história é bem diferente da de Jobim. A integridade moral, a decência, a compostura de Waldir são inatacáveis. Sua vida pública é um relato de serviços prestados ao país. Leva consigo todo o respeito das Forças Armadas que comandou, mas não teve o apoio principal do presidente da República. Faltou-lhe força para implantar um projeto eficiente na defesa nacional, mas jamais lhe faltaria dignidade para deixar o cargo de cabeça erguida, sem mesmo se queixar da falta de preparo do presidente Lula, para comandar até uma birosca no ABC paulista.
O “general de araque” chega com apoio total do chefe e senhor. Mas já decepciona quando relevou as conseqüências do trágico acidente da TAM, que ainda dói em nossos corações, e prioriza “o espaço das poltronas dos aviões”, segundo muitos legislando em causa própria pelo desconforto do seu tamanho físico.
Jobim tem jogado para a platéia, o que não é de se estranhar, e esquece de olhar para uma pauta que certamente pode significar um petardo de efeito retardado em seu colo, com previsões de danos devastadores.
A crise do setor aéreo não é o único problema na missão do “salvador da pátria”. A Defesa Nacional está sucateada, ultrapassada e foi relegada pelo governo Lula à mais desastrosa insignificância.Marinha, Exército e Aeronáutica encaram um contencioso financeiro de aproximadamente R$ 15 bilhões, um orçamento criminosamente contingenciado, verbas não liberadas e projetos importantes dormindo nos fundos das gavetas dos burocratas petistas.
Só para se ter uma idéia a Força Aérea precisa urgente da liberação de US$ 2 bilhões, somente para o programa de revitalização da frota de combate, interrompido nos últimos dois anos. Na Marinha em caráter emergencial precisam aportar R$ 1,5 bilhão, isto apenas para não entrar no caos absoluto e “fechar”. O Exército tem em sua lista de prioridades o seu programa de reequipamento o que significa para já a liberação de R$ 1 bilhão e a mesma quantia anual até 2013. Tudo isto foi insistentemente cobrado e “mendigado” por Waldir Pires a quem Lula nunca considerou. Jobim terá que tirar “da cartola” ou do “quepe” as soluções urgentes para estes problemas.
As tropas dão sinais de insatisfação generalizada em três caminhos perigosos: a péssima remuneração nas três armas, o desprestígio evidente por parte de setores do governo e a onda de corrupção que vem destruindo as instituições no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Já vimos filme parecido e o final não agradou.
Errou mais uma vez o presidente se imaginou que com uma simples mudança de nomes resolveria a situação. Enganou-se Nelson Jobim se achou que seus problemas seriam apenas a situação dos aeroportos, as trapalhadas da Anac, o “top-top” de Marco Aurélio Garcia ou o uso de aviões da FAB pelos amiguinhos do filho de Lula e D. Marisa. Te cuida “general”, que o buraco é mais embaixo!
Jobim tem jogado para a platéia, o que não é de se estranhar, e esquece de olhar para uma pauta que certamente pode significar um petardo de efeito retardado em seu colo, com previsões de danos devastadores.
A crise do setor aéreo não é o único problema na missão do “salvador da pátria”. A Defesa Nacional está sucateada, ultrapassada e foi relegada pelo governo Lula à mais desastrosa insignificância.Marinha, Exército e Aeronáutica encaram um contencioso financeiro de aproximadamente R$ 15 bilhões, um orçamento criminosamente contingenciado, verbas não liberadas e projetos importantes dormindo nos fundos das gavetas dos burocratas petistas.
Só para se ter uma idéia a Força Aérea precisa urgente da liberação de US$ 2 bilhões, somente para o programa de revitalização da frota de combate, interrompido nos últimos dois anos. Na Marinha em caráter emergencial precisam aportar R$ 1,5 bilhão, isto apenas para não entrar no caos absoluto e “fechar”. O Exército tem em sua lista de prioridades o seu programa de reequipamento o que significa para já a liberação de R$ 1 bilhão e a mesma quantia anual até 2013. Tudo isto foi insistentemente cobrado e “mendigado” por Waldir Pires a quem Lula nunca considerou. Jobim terá que tirar “da cartola” ou do “quepe” as soluções urgentes para estes problemas.
As tropas dão sinais de insatisfação generalizada em três caminhos perigosos: a péssima remuneração nas três armas, o desprestígio evidente por parte de setores do governo e a onda de corrupção que vem destruindo as instituições no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Já vimos filme parecido e o final não agradou.
Errou mais uma vez o presidente se imaginou que com uma simples mudança de nomes resolveria a situação. Enganou-se Nelson Jobim se achou que seus problemas seriam apenas a situação dos aeroportos, as trapalhadas da Anac, o “top-top” de Marco Aurélio Garcia ou o uso de aviões da FAB pelos amiguinhos do filho de Lula e D. Marisa. Te cuida “general”, que o buraco é mais embaixo!
5 comentários:
O assunto não fica velho.
Já que iam violar o Estatuto dos Militares, deveriam ter dado ao ministro um uniforme de marechal, com 5 estrelas, para que ele, na hierarquia militar, não ficasse em nível inferior ao de todos os outros generais-de-exército na ativa, mais antigos no posto.
O cadarço de identificação, aplicado acima do bolso direito da blusa de serviço camuflada, deveria mencionar o posto e o nome de guerra (por exemplo, JOBIM).
Quando cursei o CPOR-RJ, lá servia um major, ex-combatente, muito cioso quanto ao uniforme dos alunos; quem não estivesse rigorosamente dentro do regulamento, estava nu e o major ordenava: ”aluno, você está nu, vá se vestir”.
Além de tudo que já foi comentado sobre a farda do ministro, parece-me que ele estava nu, uma vez que não portava o bastão de comando, de posse obrigatória para oficial-general, quando usando o uniforme 4º A2 (ou 4º A1).
De fato, Helio Fernandes cometeu um acerto ao (des)qualificar Nelson Jobim como "palavroso", pois é o que ele é mesmo. Concordo com a definição dada.
Carreirista, oportunista e pouco confiável, é mais um daqueles políticos "cocô" - que boiam sobre as águas da oportunidade, deixando-se levar para qualquer lugar. Foi assim que 'serviu' a FHC, a J.Serra e agora tornou-se um pau mandado do apedeuta para 'qualquer tarefa' - desde que se matenha em evidência.
Só tenho lá minhas reservas quanto à sinceridade do Helio Fernandes (que sempre aspirou ser Carlos Lacerda) - um dos mais ressentidos desafetos de FHC e lulista de primeira hora (não sei se 'agora' arrependido, 'envergonhado' ou apenas fazendo tipo).
A ver...
Sobre o assunto, complementando.
No site
http://forum.ubbi.com.br/topic.asp?topic_id=19902&pagina=1&id_partner=1
em “Reflexões da hora” (16/08/2007 08:29), usuário não registrado, com a mesma intenção do coronel Cícero Fornari, também passou a palavra à Procuradoria da Justiça Militar.
Vale a pena acessar o site, onde está relatado como os áulicos do ministro o aconselharam a responder continência.
Vai me desculpar mas, como milico, posso dizer: o Waldir é de uma incompetência atroz! É tão inúltil quanto um competente ladrão!!! Fora com ambos!
O blog do Cláudio Humberto, em notícia de 29/08/2007 16:31, informou que a procuradora-geral da Justiça Militar determinou o arquivamento da representação do coronel Cícero Fornari, sob o argumento de que não houve má-fé, uma vez que o ministro não tentou iludir ou induzir ninguém ao equívoco de que se tratava de general de Exército, com a intenção de usurpar a autoridade militar.
Perguntar não ofende: ficou liberado o uso de uniformes do Exército por pessoas de boa-fé?
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