17 de ago. de 2007

Um Repulsivo Pusilânime

Por Giulio Sanmartini

Ninguém obriga a ninguém a ser militar, o é quem quer por vocação. Uma das características principais exigida ao militar é a coragem pessoal, intrepidez. No conturbado mundo do século XX, apareceram alguns militares que passaram para a história pela coragem pessoal e de atitudes, tais quais Winston Churchill (por formação inicial na Escola militar de Sandhurst, cadete de cavalaria. 1895 e Oficial dos Hussardos,), Charles De Gaulle e Dewitt Eisenhower, que de heróis da segunda guerra, chegaram a dirigentes de seus paises.
Outros mesmo sem formação acadêmica, militarizarem-se pelo uso do uniforme e pela coragem, foram os grandes revolucionários da época (não coloco em julgamento as idéias que defendiam, mas como o fizeram) Mão Te-tung, Vo Nguyen Giap, Fidel Castro, Daniel Ortega.
No Brasil o grande exemplo da época foi o brigadeiro Eduardo Gomes, um dos sobreviventes dos 18 do Forte (1922), que enfrentaram de forma suicida, saindo do Forte de Copacabana, o exército regular (3 mil homens), trazendo no bolso, um pedaço que bandeira nacional, pela qual juraram morrer. A luta durou pouco menos de meia hora, dois 18, salvaram-se 2 pois foram feridos: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
O brigadeiro José Carlos Pereira (foto), ontem escarrou na memória do criador da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Eduardo Gomes, ao demonstrar uma covardia incompatível com sua posição profissional.
O relator da CPI do Apagão do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse nesta quinta-feira que o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero, "amarelou" durante depoimento à comissão. "O brigadeiro amarelou, né? Foi algo terrível", afirmou ele, referindo-se ao fato de o militar ter atenuado as denúncias que fez contra a diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu (foto), também presente na comissão disse a ele:
“Para mim o senhor está se retratando. O senhor recuou".
O brigadeiro havia declarado à imprensa: “- A Denise é terrível! Se eu não estivesse saindo da Infraero, eu ia comprar uma grande briga com ela. Ela quer tirar da Infraero o controle do setor de cargas de Congonhas e Viracopos, para levar para o aeroporto de Ribeirão Preto, que pertence ao governo de São Paulo. O terminal de cargas nesse aeroporto já é dominado pelos amigos dela, pelo empresário Carlos Ernesto Campos. Toda reunião do conselho da Anac ela fala disso, com o argumento de que é para desafogar Congonhas e Viracopos. Isso é um negócio que movimenta R$ 400 milhões por ano. Ainda bem que estou indo embora. Isso vai estourar qualquer hora dessas.”
Diz sobre o fato Ricardo Noblat:“Acareado, hoje, (16/8) com Denise pela CPI do Apagão Aéreo do Senado, o brigadeiro deu para trás. Alegou que foi pressionado pelo repórter do jornal a dizer o que dissera.
Mentiu. Um mês antes da entrevista, o brigadeiro dissera a mesma coisa à deputada Luciana Genro (PSOL-RS).
Ficou com medo de ser processado por Denise. Vai ver que arranjou um novo emprego no governo.”
O porque não interessa, fato é que o brigadeiro, de forma vil, como se diz no vulgo, “mijou na perna”

Leia a matéria na Folha de São Paulo online

Um comentário:

PoPa disse...

Esta foto da ditadora Denise está muito boa! Aquele olhar fez um brigadeiro estremecer!!!!!