Jamais vi tanto descaramento por parte do poder Legislativo em negociar o que deverá ser votado. Antes essa troca imoral de favores era feita às escondidas, havia uma certo pudor dos deputados e senadores. Mas agora, como mostra João Domingos, rasgaram a fantasia e os votos favoráveis ao que o governo quer são negociados como se vendem cebolas em feiras livres. Este é o Brasil do Partido dos Trabalhadores, onde, perto do que está sendo feito, a Lei Gerson parece uma aula de catecismo.“A estratégia traçada pelo governo e pelos 11 partidos da coalizão que o apóia para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será premiar os votos favoráveis com a nomeação de indicados para cargos nas estatais e no segundo escalão e com a liberação de verbas para as emendas parlamentares. Em reunião ontem à noite no Planalto entre os representantes dos partidos e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, ficou claro que a base aliada votará a prorrogação na Câmara, mas espera retribuição”. (G.S.)
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Um comentário:
O povo acredita que Renan será cassado, por princípios éticos, ao ter usado um lobista para intermediar seus pagamentos. Não vou mandar e-mails aos parlamentares, por não acreditar que eles vieram a saber do imbróglio, somente através da imprensa: estaria passando atestado de incompetência ou de conivência aos excelentíssimos. Eles ganham muito bem ou melhor, é um roubo o valor das benesses desfrutadas por nossos excelentíssimos pelas exéquias produzidas ao social.
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