Lula cometeu um erro primário, prometeu a mesma coisa para mais de uma pessoa. Mas dessa vez não se tratam de pessoas encantadas com sua demagógica simpatia, ou a beneficiadas pela Bolsa Esmola. Ele cutucou a onça com vara curta ao tentar ludibriar deputados e senadores já que estes em termos de esperteza rodaram muito mais quilômetros que ele.
Fato é, que essa forma canhestra que ele lançou mão, vai complicar mais a já complicada aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A primeira votação na câmara do Deputados, que deixa antever um vitória e se preocupava apenas com o cenário hostil que o aguarda no Senado, agora o governo descobriu que nem a primeira fase está resolvida. Recebeu recados, melhor dizendo, ameaças de que o jogo pode mudar ainda na votação daquilo que se chama de emendas ao projeto original.
O negócio funciona mais ou menos assim. Os deputados votam o texto principal de um projeto ou emenda constitucional, caso da CPMF. Depois, porém, são obrigados a votar separadamente algumas propostas de modificações apresentadas por aliados e opositores. Na votação do imposto do cheque, a oposição apresentou alguns pedidos de supressão do texto original. Nesse tipo de votação, o governo tem de conseguir 308 votos para manter aquilo que já aprovou. Algo que soa estranho, mas é assim que funciona. Essas emendas podem fazer a proposta de prorrogar o imposto do cheque desapareça
Essa possibilidade é Um prato cheio para aqueles deputados que estão pra lá de insatisfeitos com o governo. No primeiro turno, muita gente votou com o Palácio do Planalto com a promessa de que receberia a recompensa depois de concluída a votação. Só que a surpresa veio na semana passada, quando o governo nomeou petistas para diretorias da Petrobras e deixou aliados a ver navios, sem a garantia de que seus pleitos seriam atendidos. (G.S.)
Escreve sobre o assunto Valdo Cruz
Leia a matéria na Folha de São Paulo online
Fato é, que essa forma canhestra que ele lançou mão, vai complicar mais a já complicada aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A primeira votação na câmara do Deputados, que deixa antever um vitória e se preocupava apenas com o cenário hostil que o aguarda no Senado, agora o governo descobriu que nem a primeira fase está resolvida. Recebeu recados, melhor dizendo, ameaças de que o jogo pode mudar ainda na votação daquilo que se chama de emendas ao projeto original.
O negócio funciona mais ou menos assim. Os deputados votam o texto principal de um projeto ou emenda constitucional, caso da CPMF. Depois, porém, são obrigados a votar separadamente algumas propostas de modificações apresentadas por aliados e opositores. Na votação do imposto do cheque, a oposição apresentou alguns pedidos de supressão do texto original. Nesse tipo de votação, o governo tem de conseguir 308 votos para manter aquilo que já aprovou. Algo que soa estranho, mas é assim que funciona. Essas emendas podem fazer a proposta de prorrogar o imposto do cheque desapareça
Essa possibilidade é Um prato cheio para aqueles deputados que estão pra lá de insatisfeitos com o governo. No primeiro turno, muita gente votou com o Palácio do Planalto com a promessa de que receberia a recompensa depois de concluída a votação. Só que a surpresa veio na semana passada, quando o governo nomeou petistas para diretorias da Petrobras e deixou aliados a ver navios, sem a garantia de que seus pleitos seriam atendidos. (G.S.)
Escreve sobre o assunto Valdo Cruz
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