11 de set. de 2007

O Rio de Janeiro Continua o Mesmo, Só que Deixou de Ser Lindo

Por Giulio Sanmartini

Desde 1982 o banditismo tomou conta avassaladoramente da cidade do Rio de Janeiro, o fato se deu pois o governador recém eleito, Leonel Brizola, havia-se associado aos bicheiros e assim estes tiveram “carta branca” para tomar contas das favelas. Outro fator foi o empobrecimento geral do país e o crescimento descontrolado das favelas. São 25 anos que o crime organizado tornou-se intocável nesses núcleos populacionais. Some-se a isso uma polícia despreparada, desequipada e, pior que tudo, corrupta.
O governador Sérgio Cabral, junto com o companheiro Lula, resolveram tudo no papo furado. A força Nacional de Segurança, lançada como um grande milagre, nada mais é que uma triste farsa.
Ontem os ministros Marcio Fortes, da cidade, pasta que “pertence” ao ladranete do ex deputado Severino Cavalcante (PP-PE), do Portos, Pedro Brito, ministério que nada mais é que uma sinecura para acoitar um “companheiro” desempregado. Ambos foram inaugurar a revitalização dos portos, tomando para tal um trem especial da linha auxiliar, chegando próximo a Vieira Fazendo, o comboio foi atacado à tiros pelos bandidos do morro do Jacaré. Pânico Geral, ministros, jornalistas e o resto da comitiva jogando-se ao solo (foto) para evitar as balas disparadas.
Nisso tudo a um fato curioso conforme conta Felipe Sáles e Renato Grandelle: o governador do estado fora prevenido do que aconteceria, Sergio Cabral Filho quis dissuadir os ministros, mas quando viu que nada poderia fazer, resolveu ele mesmo não se arriscar, deixando de acompanhá-los
O Palácio Guanabara e secretários estaduais apressaram-se em tentar justificar a ausência do governador. Alegaram que Sérgio Cabral tinha outro compromisso marcado com antecedência. A agenda oficial do governo, entretanto, só mostra o evento de revitalização do porto.
Logo depois veio a represália da polícia de forma atabalhoada, com 100 agentes das tropas de elite das polícias militar e civil invadindo o morro. Um bandido foi morto e quatro foram presos, mas o objetivo da ação-relâmpago - identificar os autores dos disparos - não foi cumprido.
Por não ter explicação plausível, encontraram-se sempre as mesmas e inúteis soluções: aumentar o efetivo da Força Nacional de Segurança e receber mais recursos para o chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Segurança.
Em fim, vai ficar, como já se sabe, tudo como está para ver como é que fica.E a segurança?
CHONGAS!

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