13 de out. de 2007

Bala mistura

Por Francisco marcos, cientista político.

“O castigo para os que não se envolvem em política é de ser governado por seus inferiores” - Platão desocupado na Grécia Antiga e elitista de marca maior.

LICENÇA A tão falada e negociada licença do senador pelas Alagoas demonstra a falência do sistema político brasileiro e aos tão decantados pressupostos básicos da democracia. Esta uma palavra bonde, onde cabe tudo, como somos uma nação de incultos, até os papagaios se saem bem. Falam, mas não sabem do que estão falando. Nós próximos quarenta e cinco dias terão curso as negociaçõe$ e tudo ficará arreglado: CPMF aprovada e uma moção de censura ao carreirista da traição.

IMPOSTOS Com o caminhar da carruagem os impostos chegarão a uma arrecadação de 900 bilhões no presente exercício fiscal. Sendo simplista um pelo outro contribuirão em média com R$ 5.000,00, corresponde a 13 salários mínimos, 13 é o número de Zagallo e da maior sigla partidária deste Brasil varonil de nenhuma glória mil.
SARNEY O imortal dos Lençóis Maranhenses é o grande maestro da acomodação da incomoda situação que vive nosso Senado. Como moleque de recados opera o Jucá, com seus milhões de votos e hectares de terra falsa em Roraima. Os dois se merecem, um como grande caloteiro do imposto sobre a gasolina e o outro com suas inexplicáveis operações com o BASA, que ficou no prejuízo, aliás, nós contribuintes é que dentro da normalidade arcamos com todos os prejuízos.

PEDÁGIO Há de se explicar esta celeuma que está sendo criada com a privatização das rodovias federais. Já se assevera que nunca antes neste país o pedágio ficou tão barato. Vamos atentar para a atual licitação, os ganhadores do recente leilão não pagarão pela concessão, A partir de janeiro/ 2008 iniciarão a construção dos pedágios e manutenção das rodovias, o que prova que a operação tapa buraco foi uma pirotecnia de marketing. Não estarão obrigados a construir coisíssima nenhuma, a não ser as praças de pedágio. A OHL espanhola ficou com as jóias da coroa, o que não deve ser surpresa, Duas Caras, o Che Guevara macunaímico vive “visitando” a Espanha cañi.

ABANDONO Os defensores do renanzismo já deixaram o navio força tarefa denominado “Absolvição”. Agora a senadora Ideli, exploradora das Comunidades Eclesiais de Base, madrinha de Organizações Não Governamentais, estribada em: “melhor andamento dos trabalhos” renuncia a defesa do indefensável. O senador Oliva que se priva do exercício de uma função ou direito, simplesmente prega a ren(a)uncia do sedutor cangaceiro. O senador de 10 milhões de votos está em crise assistencial, grande filósofo da ética, para os desavisados trata-se da ciência da moral, defensor da ética na política e autor da famosa frase: “este governo não rouba e não deixa roubar”. Até hoje sofre em conseqüência do insucesso do dossiê dos aloprados, todos seus companheiros, foi vítima de uma terrível traição e conspiração.

2 comentários:

ma gu disse...

Alô, Adriana.

O 'post' abriu-me uma oportunidade.

Daisaku Ikeda, presidente da organização budista Sokka Gakai, em artigo, cita um escrito do poeta alemão Heinrich Heine, do séc. XIX, que descreve a ira da natureza como uma voz capaz de abalar tudo com seu 'clamor colérico' e sua 'palavra trovejante'. Daí escreve: O poder da voz humana é imensurável. Devemos bradar com tanto clamor pela justiça a ponto de assustar as pessoas desonestas e corruptas.

Eu acho que aplica-se muito bem aos articulistas do 'blog'.

jagat disse...

Adriana, além do comentário correto o Magu se expressou com elegância incomum nesses tempos de valorização da ignorância. Chamo a atenção apenas para o fato de que o problema que nos asfixia não reside tanto na enormidade da arrecadação mas sim no microscópico retorno sob a forma de serviços públicos de saúde, educação, segurança e transporte. Entre nós, a atividade-meio devora a quase totalidade dos recursos que deveriam ser destinados à atividade-fim. Esse é o nosso grande mal. Ter uma arrecadação de padrão escandinavo não dói se o retorno também for do mesmo padrão. Duro é ter arrecadação suiça e retorno africano.