11 de out. de 2007

Fim de papo

Renan Calheiros, quando em setembro foi absolvido, com a cumplicidade do Governo Federal pois este entendeu que com ele poderia ter a prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, mas não contava com as lambanças que esse senador, embriagado pelo que pensou ser seu poder pessoal, conseguiu fazer.
Em seu pedido de licenciamento ainda teve o desplante de dizer “O poder é transitório, enquanto a honra é um bem permanente, que não sacrifico em nome de nada. Resistirei firme na minha defesa, honrando a confiança da minha família, do povo de Alagoas, dos meus amigos, dos meus colegas do Senado Federal e daqueles que, mesmo sem me conhecer, com seu apoio, suas mensagens, suas orações, me deram forças até agora. A estes, certamente não decepcionarei. Aguardarei serenamente que a Justiça e a verdade prevaleçam."
Renan Calheiros tem o direito de mentir como ele bem entender, mas me dá ânsias de vômito ouvi-lo falar em honra. Sou do tempo que os homens tinham honra, tinham palavra e tinham vergonha, os crimes existiam mas eram feitos às escondidas. Renan banalizou falta de hombridade, enxovalhando todo o congresso, todos os políticos e a própria nação, no seu rastro de material imundo veio trazendo a desfaçatez e o peculato.
Renan, não insulte mais a nação, sua cota esgotou-se. (G.S.)

Leia na íntegra o pronunciamento de Renan Calheiros, ao licenciar-se do cargo.
"Na noite de hoje, decidi me licenciar da presidência do Senado Federal, pelo prazo de 45 dias, a fim de demonstrar de forma cabal e respeitosa à nação, e a todos os ilustres senadores, que não precisaria do cargo de presidente do Senado Federal para me defender.
Agindo assim, afasto de uma vez por todas o mais recente e injusto pretexto usado para tentar dar corpo à inconsistência das representações, enviadas sem qualquer indício ou prova ao Conselho de Ética do Senado Federal. Com este meu gesto, que é unilateral, preservo a harmonia do Senado, deixo claro o meu respeito pelos interesses do país, e homenageio sem dúvida as altas responsabilidades das funções que exerço, contribuindo decisivamente para evitar a repetição dos constrangimentos ocorridos na sessão de 9 de outubro.
Reafirmo que enfrentarei os processos como fiz até agora: à luz do dia, com dignidade, sem subterfúgios. Não lancei mão das prerrogativas de presidente do Senado em meu benefício ou contra quem quer que seja. A minha trincheira de luta sempre foi a inflexível certeza da inocência, a qual estou convicto, prevalecerá com a verdade, como aconteceu na minha absolvição. O poder é transitório, enquanto a honra é um bem permanente que eu não sacrifico em nome de nada.
Resistirei firme na minha defesa, honrando a confiança da minha família, do povo de Alagoas, dos meus amigos, dos meus colegas do Senado Federal e daqueles, que mesmo sem me conhecer, com seu apoio, suas mensagens, suas orações, me deram força até agora. A estes, certamente não decepcionarei.
Aguardarei serenamente que a Justiça e a verdade prevaleçam."

Um comentário:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Enfim, uma expressão verdadeira:

A honra é um bem permanente para quem a tem!