8 de nov. de 2007

Chame a Dona Marisa

Por Giulio Sanmartini

A operação emergencial para recuperação em mais de 26 mil quilômetros de estradas em 25 Estados brasileiros, que chamou-se “Tapa Buracos” teve início teve início no dia 9/1/2006, com o reparo em 10,5 mil quilômetros.
Contou Lula, ao lançar o programa, com todas as fanfarras e rojões de apito que costuma usar, que assistindo televisão viu o estado das estradas, então dona Marisa Letícia (foto), perguntou-lhe por que não mandava tapar os buracos? ele como bom marido logo atendeu a patroa. Ficou faltando dizer que essa meia sola foi no ano eleitoral em que conseguiu a reeleição. Tudo deu errado, desde a época escolhida, a de chuvas, até o desvio de verbas. Fez-se uma recapeamento precário que recebeu a crítica de vários congressistas como o senador Romeu Tuma (DEM-SP): “Se esse tapa-buraco não dura um ano, é eleitoral. Por que não há um plano de recuperação de estradas?" e Delcídio Amaral (PT-MS) também criticou a operação. "Ficamos novamente no remendo e não resolvemos o principal" só para citar dois de partidos antagônicos.
Passado pouco mais de um ano a Confederação Nacional do Transporte (CNT) constatou agora, que 73,9% das rodovias do País apresentam algum tipo de problema. Na sua pesquisa anual, divulgada ontem, a CNT avaliou 87,6 mil quilômetros de estradas pavimentadas e atribuiu apenas a 26,1% desse universo as qualificações de ótima e boa. Para a CNT, elevar a malha rodoviária do País à condição de ótima exige investimento de R$ 23,4 bilhões, sobretudo do governo federal.
Conclusão, as obras feitas com todo o estardalhaço por Lula I, foram simplesmente eleitoreiras, jogou-se dinheiro dentro dos bueiros.
Para dar um jeito na coisa, talvez seja necessário chamar a Primeira Patroa.

Leia a matéria na Tribuna da Imprensa online

Um comentário:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Pois é (isto já está ficando chato?). E eles quiseram a Copa! Com custo previsto de um bilhão e meio, que com os aditivos e PFs vai para seis bilhões, com tres nas obras e tres para 'outros' cofres.
O país do Carnaval...