Cortina de gás e petróleo

Por Francisco marcos, cientista político.

“A Petrobrás informou hoje (08/11) que finalizou testes na bacia de Santos, em São Paulo, onde foi comprovada uma reserva de cinco a oito bilhõe3s de barris de petróleo de boa qualidade e gás. Segundo a estatal, o volume aumenta significativamente as reservas de petróleo no Brasil e coloca o país entre as potências do setor no mundo. O anúncio ocorre em meio a sucessivos recordes do preço do barril de petróleo, que beira os 100 dólares. As ações da Petrobrás subiram cerca de 10% na BOVESPA.”
O alarde sobre esta conquista que nos remete a Getúlio Vargas e a campanha “O Petróleo é nosso”, funciona como uma cortina que não é de fumaça, mas de gás e petróleo. Trata-se de um abafa sobre o apagão de GNV ou gás natural veicular. O imbróglio está mal explicado. A belezura que cuida de gás, no lugar de Sauer, em vez de explicar anunciou que o preço do gás deverá ser elevado, medida que visa desestimular o consumo para veículos. O maior governo que já teve o país, nada menos do que 36 ministérios, incluindo um dedicado ao futuro, não consegue explicar o inexplicável. O gnomo camelô fica ditando regra, alega que fizeram um escândalo, com este problema do gás, em contrapartida um ministro da área energética afirma: “Trata-se de uma questão de segurança energética para o País. Eu não aconselharia (a conversão).” Devem os propriotários de veículos movidos a gás ficar atentos para mais uma metida de mão em seus bolsos, outra vez a elite prejudica, notadamente os cariocas, que ficarão numa roubada.
Ao mesmo tempo anunciam os cérebros da Petrobrás um investimento de 40 milhões de dólares para ampliar campo de gás boliviano.
Chamem-me de pessimista, em minha ótica eu me considero um realista: estamos em uma crise de energia, a burocracia perenizada aliada à incompetência nata em determinados figurões tanto de águas profundas como de terra, mar e ar, com a falta de atitude seguram o desenvolvimento do país. O marketing não é a panacéia que cura todos os males, o trabalho capitaneia tudo, o resto é decorrência. Se papo resolvesse, peru seria senador, mas como o Brasil é surrealista o peru virou presidente.