29 de nov. de 2007

Digo. Onde digo, digo, não digo, digo...

A contradições do presidente Lula são primárias, ele para justificar uma coisa desdiz o que quer dizer, assim está sendo com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Discorre sobre o assunto Dora Kramer:
"Desse jeito não há articulador político que dê jeito nas dificuldades que o governo enfrenta para aprovar a CPMF. Se o presidente da República em pessoa vem a público dizer como fez em entrevista ao Globo que governar é gastar, contratar, aumentar salários e engordar o Estado, que o Brasil está forte na economia, que não há risco no abastecimento de energia e que os serviços públicos melhoraram muito, como convencer os resistentes da necessidade premente dos R$ 40 bilhões do imposto? Isso no momento em que os dados da Receita mostram um crescimento de quase igual montante na arrecadação federal.
As palavras do presidente deram razão aos oposicionistas, empresários e alguns especialistas que apontam o momento como adequado para acabar com a CPMF e acusam o governo de não abrir mão porque precisa de margem para gastar muito e à vontade a fim de ou facilitar a eleição de um sucessor petista para Lula ou conferir viabilidade a alguma espécie de continuísmo na forma de terceiro mandato ou prorrogação.
Gestão do Estado, na visão de Luiz Inácio da Silva, não é administrar dificuldades nem fazer o Estado caber dentro das suas possibilidades e da capacidade de seus cidadãos de sustentá-lo. É aumentar cada vez mais a arrecadação, contratar um número cada vez maior de servidores, pagando-lhes ótimos salários, como se a qualificação e a eficácia resultassem dessa simples equação.

Leia a matéria no Jornal Cruzeiro do Sul online

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