16 de nov. de 2007

Está ruim a coisa

Renan Calheiros (PMDB-AL) sabe muito bem que está difícil tirar do braseiro sua batata, que está assando não é de hoje.Está falando até em renunciar à presidência do senado, cargo do qual está licenciado, para tentar salvar o mandato.
Mas o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), admitiu ontem que a eventual condenação do senador Renan pelo Plenário vai produzir uma "situação de risco" para o governo, com reflexos na votação da emenda constitucional que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Mas não podemos tirar de Renan o direito de lutar para viabilizar seu mandato", afirmou o senador.
Antes da votação no Plenário, em sessão aberta marcada para a próxima quinta-feira, o pedido de cassação do mandato de Renan será submetido no dia anterior, quarta-feira, ao Plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A data foi acertada ontem entre Tião Viana e o senador Marco Maciel (DEM-PE), que preside a Comissão.
Com a derrota no Conselho de Ética, onde contou apenas com os votos de três colegas do PMDB, Renan chega politicamente fragilizado ao Plenário. Para reverter essa situação, vai cobrar apoio da base aliada do governo, sobretudo da bancada do PT - uma barganha que promete dar os votos do PMDB ao governo para aprovar a prorrogação da CPMF até 2011. É, pode ser!

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Um comentário:

Anônimo disse...

É isso que acho errado. O cara está mais sujo que banheiro de rodoviária do interior e com esse recurso de renunciar para salvar o mandato, não deveria ser aceito quando estivesse num processo pelo Conselho de Ética do Senado ou Câmara. Mas como eles são os legisladores, não iriam se prejudicar, não é mesmo. E o pior ainda, depois de todos esses escândalos, terá uma aposentadoriazinha de uns R$ 20 mil. É muita sacanagem para quem paga tanto imposto e não tem nada em troca.