6 de nov. de 2007

Nem Fantasiado de General

Milton Zuanazzi se rendeu à pressão e se demitiu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas o grande ministro Nelson Jobim não deu passo adiante para pôr fim, ou pelo menos atenuar, o apagão aéreo. Que o diga quem penou no fim de semana e ontem entre os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim, no Rio, só para ficar por aqui.
O carioca está acostumado com dias chuvosos como o de ontem, mas as empresas aéreas mostraram que não. Depois do feriado prolongado de Finados, quem tentou retomar a rotina no eixo Rio-São Paulo ganhou da crise aérea uma segunda-feira de dor de cabeça. O Aeroporto Santos Dumont, principal ponto de operação da ponte aérea, ficou fechado por mais de oito horas por causa do mau tempo, afetando 93% dos vôos previstos da meia-noite até as 19h.
Os passageiros até que foram encaminhados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão. Só que o movimento inesperado de aviões na pista abarrotou o saguão de filas, em mais um capítulo da novela do caos na aviação, que, apesar do troca-troca de comandos, teima em assolar o país.
Ontem, dos 72 vôos previstos para o Santos Dumont da meia-noite às 19h, 55 foram cancelados e 12 atrasaram mais de uma hora. Com a transferência dos pousos e dos passageiros que aguardavam embarque, o Galeão registrou 36,9% de atrasos. Foram transferidas 29 aterrissagens para a pista do Tom Jobim, que, por ter 4.240 metros de extensão, contra apenas 1.323 do Santos Dumont, pode ser utilizada com segurança durante dias chuvosos.

Leia a matéria de Kayo Iglesias no Jornal do Brasil online

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