Durante pelo menos 20 dias, uma menina de 15 anos, L., acusada de tentativa de furto, permaneceu encarcerada com mais de 30 homens, submetida a abusos sexuais, violência e estupros seguidos.
Essa barbárie aconteceu na carceragem da delegacia de polícia de Abaetetuba, 130 km de Belém. A prisão deu-se por tentativa de furto mas ela não poderia estar no sistema penitenciário e muito menos com homens. "Só se pode internar um adolescente por violência, grave ameaça ou prática reiterada de delito grave, o que não era o caso", diz a advogada Márcia Ustra Soares, 42, da subsecretaria de promoção dos direitos da Criança e do Adolescente da Presidência da República.
Nisso tudo há um lado cruelmente irônico, o aviltamento contra a menina foi “oficialmente” cometido num Estado governado por uma mulher, Ana Júlia Carepa. Quem a mandou para a cela foi outra mulher, a delegada Flávia Verônica Pereira. A decisão recebeu o endosso de uma terceira mulher, a juíza Clarice Maria de Andrade
À pregunta por que ninguém fez nada?, respondeu a parente de um dos presos que dividiu a cela com L: "Medo de morrer. Aqui todo mundo tem medo. Se a delegada põe uma menina na cela com os homens, e a juíza mantém ela lá, quem sou eu pra denunciar. Aliás, denunciar para quem?" (G.S.)
Essa barbárie aconteceu na carceragem da delegacia de polícia de Abaetetuba, 130 km de Belém. A prisão deu-se por tentativa de furto mas ela não poderia estar no sistema penitenciário e muito menos com homens. "Só se pode internar um adolescente por violência, grave ameaça ou prática reiterada de delito grave, o que não era o caso", diz a advogada Márcia Ustra Soares, 42, da subsecretaria de promoção dos direitos da Criança e do Adolescente da Presidência da República.Nisso tudo há um lado cruelmente irônico, o aviltamento contra a menina foi “oficialmente” cometido num Estado governado por uma mulher, Ana Júlia Carepa. Quem a mandou para a cela foi outra mulher, a delegada Flávia Verônica Pereira. A decisão recebeu o endosso de uma terceira mulher, a juíza Clarice Maria de Andrade
À pregunta por que ninguém fez nada?, respondeu a parente de um dos presos que dividiu a cela com L: "Medo de morrer. Aqui todo mundo tem medo. Se a delegada põe uma menina na cela com os homens, e a juíza mantém ela lá, quem sou eu pra denunciar. Aliás, denunciar para quem?" (G.S.)
4 comentários:
Estava demorando para a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, do PT, colocar a culpa nos governos passados: "eles não construíram prisões femininas nas suas administrações". Já estamos até acostumados desses petistas jogarem a culpa no passado, enfim, nunca assumem suas incompetências.
Será que as delegacias da Mulher só servem para prender porres que tropeçam em mulheres. Este trio deveria ser responsabilizado. Mas por quem? se cada vez que procuramos uma autoridade mais acima à cata de justiça, encontramos, sempre, surdos, mudos e aloprados para nos atender.
Será que as delegacias da Mulher só servem para prender porres que tropeçam em mulheres. Este trio deveria ser responsabilizado. Mas por quem? se cada vez que procuramos uma autoridade mais acima à cata de justiça, encontramos, sempre, surdos, mudos e aloprados para nos atender.
Companheiros, isso é o de menos... todo o Brasil e o mundo acompanham esse verdadeiro horror ocorrido com a menor. Pior, o Pará está esquecido no Brasil e no mundo: visitem o site www.asbin.org.br item INFORMATIVO subitem PLANO DE CARREIRA e vejam que o chefe da ABIN naquele estado responde no STJ por peculato e improbidade... e daí, ninguém faz nada... com pedido de Habeas Corpus no STJ... livre, leve e solto... quem pode por nós???
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