28 de nov. de 2007

Os novos ricos do governo

"Não se consegue governar o País sem aumentar os gastos públicos". Disse enfaticamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em tese ele tem razão:
Sem professores as universidades não funcionam, como os hospitais de nada valerão, sem médicos. Deixar as rodovias destroçadas como forma de diminuir gastos públicos é bobagem, da mesma forma como não investir no transporte ferroviário será contribuir para o estrangulamento da economia. Coisa igual para os portos e tudo o mais.
Mas a prática é outra. Quando se começa a gastar em cargos com altos salários e folclóricos até no nome, só para citar um exemplo: Chefe do Gabinete Adjunto de Informações Agregadas em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal do Presidente da República (CGAIAADGPPR), cujo titular percebe R$ 10,5 mil por mês. Se vê que o governo gasta como um novo rico, muito e mal, especialmente porque o dinheiro não é dele. (G.S.)

6 comentários:

tunico disse...

Eu conheço a peça que está por trás dessa sopa de letrinhas. É uma ANTA (no pensamento e na forma).
E não é a anta do Diogo Mainardi.
Um dia eu conto porque ela é uma anta.

Anônimo disse...

Caro Giulio:

É oportuno dizer que na Veja de 21 de novembro de 2007, sob o título: os marajás da república sindical, trás matéria sobre como os "especialistas do PT" tomaram conta dos mais altos cargos nas empresas públicas:

1-Jair Meneguelli, torneiro mecânico, salário atual R$ 25 mil, de dirigente sindical a presidente do Conselho Nacional do SESI.

2-Paulo Okamoto(aquele pagador das contas do Lula), fresador, salário atual R$ 25 mil, de ex-tesoureiro da CUT a presidente do SEBRAE.

3-Luis Marinho, pintor de veículos (sic), salário atual R$ 8,4 mil, de ex-presidente da CUT a Ministro da Previdência Social (que promoção, para fazer a letra "o", só com o auxílio de uma moedinha).

4-Wilson Santarosa, operador de transferência e estocagem(vamos traduzir este nome pomposo: é o cara encarregado de encher os caminhões-tanques com combustíveis), salário atual R$ 39 mil, de presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas a gerente de comunicação da Petrobras(que salto).

Estes são apenas alguns poucos casos, mas na revista tem muitos mais. Os petralhas, devem pensar que estamos com inveja destas promoções - pois fiz duas faculdades (administração e contabilidade), falo mais um idioma, sei ler e escrever corretamente, jamais sonharíamos com um polpudo salário deste - mas na realidade, o sentimento é de vergonha.

Para finalizar, ficam as perguntas: eles saberão o que é um orçamento? analisar um balanço? equilíbrio das despesas e receitas? ligar um computador?

É certo que não, pois sempre terá algum subalterno que farão isto para eles.

Esta é a "República dos Chegados".

PS: mesmo com um currículo deste, estou desempregado e impossibilitado de aposentar, tendo 30 anos de recolhimento, tenho que pagar mais 3 anos, de acordo com as reformas da Previdência, não tenho idade mínima para aposentadoria, pois comecei a trabalhar com 12 anos de idade. Mas, acho que vou cortar um ou mais dedos também!

ma gu disse...

Alô, Giulio.

O Tunico é sacana. Porque não conta logo?

E ao Ronaldo, dizer a ele que não se preocupe. Quando chegar sua aposentadoria (espero que consiga), rezar para que não venha nela a rubrica de desconto de 11% a título de "Previdência Social ".
Oh, glória! O único país no planeta onde aposentado paga aposentadoria. Invenção de um sapo e seus áulicos no Supremo.

tunico disse...

Eu conto, o Magu.
Em 1988, Clara Ant(ela é arquiteta) era vereadora em SP. Eu era o responsável pela gerência do projeto e da construção do Memorial da América Latina, projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer. A "prefetcha" era Erundina. Como oposição política ao Quércia, a dita cuja vereadora entrou com ação popular contra ele e a empreiteira alegando que a obra era faraônica e contratada fora da Lei de Licitações, solicitando devolução do dinheiro aos cofres públicos. Nossa empresa de projetos e o próprio Oscar, nosso sub-contratado, fomos contratados legalmente com base na Lei vigente, por notória especialidade. O contrato da empreiteira era dúbio e daria direito à ação.Como eu tinha procuração para assinar contratos em nome da empresa onde trabalhava e havia assinado o contrato com o Metrô, fui pessoalmente citado junto com Oscar Niemeyer na tal ação como co-réu, juntamente com o governador e a empreiteira.Veja bem, não só a empresa mas também eu, pessoa física.Deu um trabalhão e custou caro com advogados para provar que no nosso caso, focinho de porco não era tomada.O juiz negou nosso indiciamento,enfim.Mas numa tentativa anterior do advogado para pedir que ela retirasse a ação contra nós(Oscar e eu), ela negou alegando que Oscar apesar de comunista estava a serviço dos poderosos e da elite dominante.
Passado o episódio, no ano de 1990, fomos contratados de novo, Oscar e a minha empresa para o projeto do sambódromo de SP, pela Erundina, com base na mesma Lei! Através de conhecidos comuns, passei a ela o recado que eles, petistas, tinham 2 pesos e 2 medidas e eu era um dos que ela havia tentado prejudicar no caso do Memorial. Sabem qual foi a resposta? Os fins justificavam os meios ou seja, para prejudicar um governador, ela atingiu pessoas que nada tinham a ver com o caso.
Hoje no ano em que Oscar faz 100 anos, o PT puxa o saco dele, tendo até programado sessão especial do Congresso para homenageá-lo.Sabem de quem foi a idéia? Dela!É ou não é uma Anta?

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Agradeço ao Tunico ter contado a edificante historinha (não deve ter sido história para ele pois causou prejuízo). Essas coisas precisam ser conhecidas. Concordo ''in totum' com ele. E devo dizer que, nuncaantesneztepaiz, em meus 63 anos, pude ver um ícone ter tão boa aplicação. Nem se tivesse sido encomendado:

clara.ant@ . E é oficial...

MariEdy disse...

Chefe do Gabinete Adjunto de Informações Agregadas em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal do Presidente da República (CGAIAADGPPR)

O que o Stan Ponte Preta não faria com isso ...!!

E ainda me vem a história da (contra) Revolução de 64 contada pela ... Caros Amigos. Deve ser uma gracinha. Não, eu não leio certo tipo de publicação.