1 de nov. de 2007

Um ministro bravateiro

Por Giulio Sanmartini

Os ex presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), pediu demissão do cargo em carta entregue pessoalmente ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde de ontem. Deixou claro que sua decisão era em caráter irrevogável e aproveitou a vaza para dar um sacaneada em seu desafeto o Minstro da Defesa Nelson Jobim. (foto)
Na carta, afirmou que o ministro não conseguiu definir política alguma para atacar o problema do setor aéreo: "Nenhuma reunião importante, nenhuma ação aglutinadora, nenhum debate construtivo, nenhuma política emanou do Ministério da Defesa até agora. O que vemos são meras ações midiáticas, manifestações despreparadas, discursos sem qualquer conteúdo técnico, revelando um jogo pobre, que tanto mal tem feito ao Brasil".
Ainda criticou a forma precipitada de Jobim ter apontado sua substituta (Solange Vieira) antes dele concretizar a saída do cargo: "O que estamos vendo até o presente momento é o mais absoluto desrespeito à legalidade, atropelando-se o princípio daquela autonomia dada pelo diploma legal. Ora, se nem o Senado da República é respeitado como colégio eletivo dos membros de uma agência, já que o ministro sai anunciando nomes como se os mesmos estivessem investidos em mandatos, fico a imaginar como se dará a relação dele com a futura diretoria da Agência".
Zuanazzi disse que a pressão que o ministro fazia a favor de sua saída não passava de "um teatro com tinturas de exibicionismo" e termina a carta fazendo um prognóstico negativo sobre a atuação de Jobim frente ao Ministério da Defesa. "(Esses) são métodos que veemente reprovo e, ao que parece, irá constantemente marcar essa gestão naquela pasta e com as quais não desejo nenhuma convivência".
O falastrão Nelson Jobim, sobre o caso teve que fazer sua bravata do ópera bufa: “Eu marquei um prazo para mim mesmo: março. Março encerra o período de alta e começa o período de baixa. A partir de março, nós vamos ter o problema resolvido”. Tudo bem, quem viver verá, mas não teve coragem de chamar Zuanazzi de “Guri de Merda”.

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