7 de dez. de 2007

Este é um país governado por um mentiroso

Não se sabe direito o que o presidente quer dizer ao declarar alguma coisa. Há alguns dias quase fez o ministro da Relações Institucionais José Mucio Monteiro chorar, pois na parte mais crucial da discussão do CPMF, resolveu fazer uma viagem ao exterior, agora cancelou sua ida à Bolívia onde negociaria a questão do gás.
Disse o presidente que não poderia deixar de estar presente para operar a prorrogação do importo disfarçado. Seria fácil acreditar em mais essa falácia se Lula também adiasse sua ida à Argentina a Venezuela, como não o fez entende-se que o adiamento da viagem deve-se ao fato de não haver perspectiva de entendimento entre Brasil e Bolívia a respeito do gás. Morales exigiu novos e vultosos investimentos da Petrobras em seu território, sob pena de expulsá-la, mas, de forma deselegante, mandou dizer que não garantia o envio de um galão, sequer, para nós.Escreve mais sobre o fato Carlos Chagas: "O presidente Lula adiou, por enquanto por cinco dias, o encontro que teria em La Paz, terça-feira, com o presidente Evo Morales. O motivo alegado foi a necessidade de estar em Brasília para operar a prorrogação da CPMF, cujo resultado ainda permanece indefinido. Estaria tudo bem se nos dias próximos o presidente Lula não fosse a Buenos Aires e Caracas, conforme sua agenda.
Na verdade, o adiamento da viagem deve-se ao fato de não haver perspectiva de entendimento entre Brasil e Bolívia a respeito do gás. Morales exigiu novos e vultosos investimentos da Petrobras em seu território, sob pena de expulsá-la, mas, de forma deselegante, mandou dizer que não garantia o envio de um galão, sequer, para nós.
Isso significa que vamos botar dinheiro bom numa empreitada ruim, sem garantia de retorno. Como precisamos do gás que eles já nos exportam, também à custa de nossos investimentos, o remédio continua sendo negociar, mesmo em situação de inferioridade. Mas tudo tem limite, advindo daí o adiamento da visita de Lula ao companheiro boliviano.
Razão mesmo tinha o tonitruante general-presidente Ernesto Geisel, botando para fora de seu gabinete o ministro que sugeria investimentos da Petrobras na Bolívia. Ao rejeitar a proposta, ainda comentou: "E depois, quando eles descumprirem os contratos, você vai liderar as tropas do Exército atravessando a fronteira?"

Nenhum comentário: