Vladimir Putin foi escolhido o homem do ano pela revista Time. A escolha não foi uma das melhores, haja vista sua tendência de autoritarismo, ainda sua relação violenta e criminosa com a imprensa.

"PERSONALIDADE DO ANO
Time e o czar que sacrificou a liberdade de imprensa
Por Giulio Sanmartini, de Belluno (Itália) em 25/12/2007
As eleições, com uma vitória esmagadora de seu partido e uma lisura duvidosa, mostram que o povo russo quer na presidência do país Valdimir Putin, mesmo que a Constituição tenha sido violentada, como se pensava.
O presidente russo venceu esse especial concurso não porque seja um escoteiro, ou um democrata, no sentido que essa palavra tem no ocidente, mas porque nestes últimos doze meses Putin, seguramente alcançou objetivos importantíssimos. As eleições foram vencidas por seu fiel colaborador Dmitrj Medvedev, o qual, passadas poucas horas de sua posse, solicitou a Putin que fosse seu primeiro-ministro e ele aceitou. Formalmente, portanto, o país do czar passa para um tipo de diarquia, na qual é somente um que conta.
Para reforçar o que ele chama o "vértice do poder", Putin não hesitou em sacrificar a liberdade de informação. É verdade que hoje na Rússia existem centenas de estações de rádio; milhares de jornais locais "medianamente livres" – como se alguém pudesse ser meio virgem.
Leia a matéria no Observatório da Imprensa

"PERSONALIDADE DO ANO
Time e o czar que sacrificou a liberdade de imprensa
Por Giulio Sanmartini, de Belluno (Itália) em 25/12/2007
As eleições, com uma vitória esmagadora de seu partido e uma lisura duvidosa, mostram que o povo russo quer na presidência do país Valdimir Putin, mesmo que a Constituição tenha sido violentada, como se pensava.
O presidente russo venceu esse especial concurso não porque seja um escoteiro, ou um democrata, no sentido que essa palavra tem no ocidente, mas porque nestes últimos doze meses Putin, seguramente alcançou objetivos importantíssimos. As eleições foram vencidas por seu fiel colaborador Dmitrj Medvedev, o qual, passadas poucas horas de sua posse, solicitou a Putin que fosse seu primeiro-ministro e ele aceitou. Formalmente, portanto, o país do czar passa para um tipo de diarquia, na qual é somente um que conta.
Para reforçar o que ele chama o "vértice do poder", Putin não hesitou em sacrificar a liberdade de informação. É verdade que hoje na Rússia existem centenas de estações de rádio; milhares de jornais locais "medianamente livres" – como se alguém pudesse ser meio virgem.
Leia a matéria no Observatório da Imprensa
Um comentário:
Alô, Giulio.
Históricamente, os russos habituaram-se aos regimes de força. Nunca tiveram um regime republicano real. Sempre tiveram regimes imperiais ou "imperiais".
Permita um pequeno apanhado:
862 - O chefe viking Rurik domina a região e produz o nascimento do Estado Russo. Os eslavos da região chamavam os vikings de RUSS (remadores ruivos).
988 - Conversão ao cristianismo ortodoxo para ampliar os domínios. Vladimir casa-se com a irmã do imperador bizantino. Surge o termo Orientais.
SÉC XII até XV - Invasão e domínio mongol (Gengis Khan)
1462/1505 - Ivan III adota o título de CZAR (César). Sucessor do império bizantino após os turcos tomarem Constantinopla em 1453.
1553/1584 - Ivan IV, o Terrível - Moscou se torna a capital. Nasce a dinastia Romanov após a morte de Ivan.
1689/1881 - auge da expansão territorial - Pedro, o Grande - Catarina II - Alexandre II
1894/1917 - Nicolau II - Industrialização - aparecimento dos Bolcheviques e Mencheviques - Guerra contra o Japão entre 1904/5 - Revolta militar (Encouraçado Potenkim) 1905
1917 - O império estava arrasado no fim da 1ª Guerra Mundial - Mencheviques depõem o Czar e criam a República da Duma (parlamento) - meses depois, os Bolcheviques (Lenin e Trotski) os derrubam e criam o Conselho de Comissários do Povo: Lenin, Trotski e Stalin - (o nome República é só retórico).
1918/21 - Guerra Civil entre mencheviques e bolcheviques. (Os bolcheviques vencem)
1922 - Criação do PCUS e da URSS
1924 - Lenin morre e Stalin expulsa Trotski.
1991 - Gorbatchov dissolve o PCUS e o parlamento e renuncia em 25 de Dezembro. A União Soviética deixa de existir. Não coincidentemente, hoje!
1996 - Iéltsin é reeleito presidente.
(Cronologia do prof. Diógenes Henrique)
Depois, a capa da Time...
Nenhuma surpresa, não é mesmo?
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