1 de fev. de 2008

Até quando, Matilde?

Aboletada desde o início do governo Lula em um dos cargos mais misteriosos da Esplanada dos Ministérios, a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, pode estar com os seus dias contados em Brasília.
Devido à revelação de que Matilde é pródiga em gastar dinheiro com o cartão de crédito pago pelo governo – pagou até compras no free shop, o que é irregular, como se sabe –, o Palácio do Planalto considera que o melhor que a ministra tem a fazer neste momento é deixar o governo.
Assessores do presidente já teriam até enviado recados a Matilde, pedindo a sua saída. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira, o próprio Lula deve cuidar da situação, possivelmente antes do final de semana. O presidente teme que o episódio seja mais um a manchar a imagem já bem suja de seu governo. Caso permaneça, a ministra pode ser convocada para dar explicações no Senado assim que a Casa voltar a funcionar, depois do carnaval. Para Lula, isso seria mais uma dificuldade em sua relação com os senadores, que desandou no ano passado.
Na quarta, Matilde foi convocada a esclarecer a farra do cartão por um grupo de cinco ministros no Planalto, entre eles Dilma Rousseff e Franklin Martins, que cuida da imagem do governo. Durante a reunião, a ministra foi informada de que, na avaliação do governo, sua situação é "ruim e grave". Segundo os ministros, ela não tem como alegar publicamente que não sabia das regras. Sequer podia ter feito o que fez.
Caso a saída de Matilde se confirme, o governo se livra de dois problemas. Além de dispensar uma ministra que usou dinheiro público em proveito próprio, não precisará mais dar explicações sobre algumas declarações um tanto disparatadas que Matilde andou dando desde que assumiu a pasta da Igualdade Racial. No ano passado, em entrevista à rede britânica BBC, Matilde saiu-se com a seguinte pérola: "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco". Certamente não é o tipo de reflexão que contribui para o entendimento entre negros e brancos, ou seja, a promoção da igualdade racial.
Veja

3 comentários:

Anônimo disse...

O pecado da dona Matilde não é diferente do pecado da companheirada que chegou ao poder.
Enquanto na rotina de sua vida privada, fora do poder, as despesas eram controladas com o rigor da ABNT. Nenhum centavo a mais. Os caraminguás eram contadinhos e ai de quem resolvesse se individar além do permitido.
Mas, e sempre há um novo mas, como diria o falecido Plinio Marcos, ao chegar no poder e perceber que a tradição de nossos governantes políticos e autoridades do Estado em geral é meter a mão como se o dinheiro fosse propriedade particular, a tchurma vai ao pote com a avidez de um faminto diante de um belo pernil.
Como é fácil gastar o dinheiro alheio. Um verdadeiro saco sem fundo. E há sempre um Congresso, um Senado a aprovar novos impostos. Deve existir um grupo de criadores de impostos trabalhando vinte e quatro horas por dia para vialbilizar novas receitas governamentais. E não há pejo algum. O discuros político é de verdadeiro horror ao aumento de impostos, mas é apenas discurso. Todos gostam de uma sinecura. A república sindicalista que se instalou no Brasil, tendo ao lado a companheirada petista, está se sentindo à vontade no banquete.
Vão cortar as asinhas do gasto no tal cartão corporativo? Atenção grupo de trabalho criativo! Vocês terão no máximo vinte e quatro horas para bolar um me engana que eu gosto. A imprensa - não toda é claro, mas aquela parte abelhuda que faz o que a oposicão deveria estar fazendo - é inimiga do governo. É golpista típica. Adora falar mal do governo. Que fosse o do Collor, do FHC, tudo bem. Mas falar mal da nova tchurma? Isso me cheira golpe.
Deixa o pessoal em paz. Isso se chama redistribuição de renda.

Anônimo disse...

... E assim termina mais uma novela do governo mais sujo que poleiro de pato. A aboletada misteriosa foi defenestrada depois de ter acrescentado um pouco a mais de titica no já empesteado poleiro.
Mas deixou um exemplo: "Pato novo não dá mergulho fundo"

Getulio Jucá disse...

Matilde vc foi entregue às feras como foi entregue de bandeja a cabeça de Zé Dirceu e "a de João Batista".


Fique longe de tudo isto!

É assim que o PT administra.

Quando se vê acuado, entrega a cabeça do companheiro.

Isto deixa a imprensa e a sociedade longe de um mal maior para eles.

Ou vc acha que Lula ia deixar o câncer se aproximar de suas contas e gastos com o Cartão Corporativo graciosamente?

Ora, me engana que eu gosto tá!

Vc se foi e tarde!

Cadeia para todos vcs.