O médico brasileiro Mohamad Kassen Omais, que foi preso em Beirute na semana passada, está sendo acusado de adulteração de passaporte libanês e de possível envolvimento com o conflito do ano passado no campo de refugiados palestino de Naher El Bared, no norte do Líbano. A informação foi dada à BBC Brasil por fontes das Forças de Segurança Internas (FSI) do país. Segundo uma das fontes, que pediu para não ser identificada, Omais teria um passaporte libanês que foi adulterado e usado por um primo que também tem cidadania brasileira, Zuheir Omais, para várias viagens à Síria.
Outra fonte da polícia disse à BBC Brasil que o primo de Omais também está sendo procurado pela polícia e que estaria atualmente no Brasil.
"Tudo que posso dizer é que ele está sendo acusado formalmente de adulteração de passaporte libanês", disse Gepp. "Não posso revelar os detalhes do meu relatório, apenas que o caso é muito grave."
"Se o juiz decidir que sua história de inocência procede, ele pode determinar que ele seja liberado", afirmou o cônsul. "Mas por enquanto, segundo me informaram, ele continuará preso." (acompanhe os fatos na BBC Brasil)
4 comentários:
Cara Adriana, Parece que no Mundo só o Brasil, entre nações antigas e civilizadas, é uma terra sem Lei.
Difícil de comentar. Quem conheça o médico talvêz possa se sentir mais a vontade.
Pelo que se depreende, ele é acusado (no mínimo) como falsário. Depois, de terrorista.
Complicado, não?
Apesar de Cuiabá ser pequena, não conheço o Mohamad, mas tenho amigos da comunidade libanesa daqui, que não é pequena. Segundo me informou uma desses amigos, Mohamad não se interessa por política ou essa briga entre facções lá no Líbano, mas sabem da posição mais radical de membros da sua família. Parece que ele está pagando o pato pelos outros.
Pois é.
Ontem à noite, o JN deu grande destaque a este assunto, o que -- juntamente com o enorme interesse despertado por todas as mídias -- denota que o Dr. Mohamad Kassen Omais é, no mínimo uma pessoa bem quista e influente em sua terra natal.
Os depoimentos são todos a favor dele.
Então, rendendo-me aos fatos, hipoteco solidariedade à família.
O difícil, numa situação dessas, é aceitar que uma pessoa com a condição cultural do Dr. Omais não se acautele com as irregularidades documentais (ao que parece procedentes) das quais é acusado.
Mesmo que ele não possa ser reponsabilizado por ter algum "parente torto", precisa ter cuidados com os próprios documentos.
Torço para que tudo se resolva bem.
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