Por Giulio Sanmartini
Um voto de protesto, sem apelo, abateu o presidente do Paquistão Pervez Musharraf, nas eleições legislativas de anteontem, que reprovaram o partido o partido de ex-general aliado dos Estados Unidos e premiaram a oposição, no único país islâmico dotado de um arsenal nuclear.
Os últimos dados conferem 82 cadeiras (de 272) ao (PPP) Partido do Povo Paquistanês, dando uma aparência de vingança póstuma à sua recém assassinada (27/12/2007) líder Benazir Bhutto (foto). Os líderes oposicionistas trabalharão para dar um fim definitivo à ditadura. Foi uma votação de protesto, foi um “referendum” em que Musharraf foi derrotado, Podem-se ler os destaques nos jornais de ontem : “Uma revolução silenciosa”. “Uma doce vingança”. “O momento da verdade para o presidente.”
O fato que as eleições tenham se desenvolvido pacificamente e que não tenham acontecido tumultos, abriu um novo capítulo nesse complicado país. Foi de fato uma derrota ao estado de retrógrado teocracia, fundamentalismo e fanatismo
O mundo livre espera com ansiedade que possa ser consolidada algo de raro nesse país desde sua fundação (1947): A Democracia.
Um comentário:
Alô, Giulio.
Democracia lá vai ser difícil. Parece que muitos muçulmanos xiitas aproveitaram a chance para impor uma derrota ao Musharraf. A tendência é de que o Paquistão se transforme em mais um país dominado pelos xiitas, como o Irã...
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