23 de fev. de 2008

Lei do cão

"Segundo informantes, os homens foram decapitados para inibir a atuação dos demais criminosos na região, pois esta quadrilha permite apenas o tráfico de drogas"

Este é trecho da matéria em anexo sobre a ação policial na favela de Para-Pedro (foto), em Colégio, no Rio de Janeiro. Mais parece um filme da época medieval onde não vale a lei e a ordem, mas as normas ditadas pelo mais forte, que no nosso caso é o narcotráfico. E o pior é saber que estas normas são seguidas por todos, governo, polícia e pela população que em pânico não tem a quem recorrer. A proporção entre drogas, armas apreendidas e eficácia das ações policiais é absurda. Praticamente uma piada de mau gosto, onde a conta é paga na maior parte pelas comunidades invadidas e a outra pela população carioca, que só continua a sair nas ruas por teimosia e insistência em ser conhecida pelo jeito alegre de levar a vida. (Fabiana Sanmartini.)
A disputa pelo controle dos pontos de venda de drogas na favela Pára-Pedro, no bairro de Colégio, Zona Norte do Rio, deixou oito mortos nos últimos dias. Ontem, quatro supostos traficantes morreram em confrontos armados com policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar de Rocha Miranda, que foram chamados após um tiroteio entre quadrilhas rivais.

Um comentário:

Anônimo disse...

O capitalismo tem suas leis; a execução visou garantir a "reserva de mercado".
Nem só de Revolução Francesa vivem os decapitadores; o perigo é confundir Bastilha com Brasília.