A nudez total e depilada de uma goiana opulenta no Carnaval carioca foi fichinha diante do desfile obsceno que chocou o país na semana de Momo. O carro alegórico que ganhou nota máxima em criatividade e ousadia não foi o da Beija-Flor ou o da Viradouro. As alegorias do abre-alas – piscina, mesa de sinuca, halteres, picanhas, bichinho de pelúcia, tapioca, produtos pirateados, hotéis de luxo, jóias – representam gastos pessoais de figurantes do governo Lula. Mais de 7 mil sambaram o enredo do cartão corporativo, que exalta as virtudes do conforto pago com dinheiro público.
Ainda não se sabe quantos passistas atravessaram o samba e quantos perderão pontos, empregos ou cargos. Até agora, não são muitas as alegorias vivas que, comprovadamente, fizeram mau uso do cartão corporativo. Mas a diversidade dos alegres gastadores sugere que os tropeços não escolhiam escalão. Os foliões do cartão vão de motoristas a ministros, secretárias, seguranças e reitores de universidades. A farra envolveu de alas domésticas a mestres-salas. A ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, campeã de falcatruas neste Carnaval de 2008, foi demitida, mas não pediu desculpas. Foi a oitava vez que Lula perdeu um ministro por episódios ligados à corrupção desde que assumiu, em 2003. Matilde gastou R$ 175 mil só com aluguel de carros.
Nem com Superbonder as desculpas estão colando. Há um festival de retratações e reembolsos. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, prometeu cortar com tesoura seu cartão e mandou investigar a reforma da mesa de sinuca (R$ 1.400) que está na sala dos motoristas. O reitor da Universidade Federal de São Paulo, Ulysses Fagundes Neto, reconheceu como “equívoco” suas despesas em farmácia com remédios. E teria ressarcido os cofres públicos. O ministro do Esporte, Orlando Silva, que levou mulher, filha e babá para quatro dias em hotel de luxo em Copacabana, junto à praia, também diz ter devolvido “cada centavo” dos R$ 31 mil que gastou com o cartão no ano passado.
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Nem com Superbonder as desculpas estão colando. Há um festival de retratações e reembolsos. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, prometeu cortar com tesoura seu cartão e mandou investigar a reforma da mesa de sinuca (R$ 1.400) que está na sala dos motoristas. O reitor da Universidade Federal de São Paulo, Ulysses Fagundes Neto, reconheceu como “equívoco” suas despesas em farmácia com remédios. E teria ressarcido os cofres públicos. O ministro do Esporte, Orlando Silva, que levou mulher, filha e babá para quatro dias em hotel de luxo em Copacabana, junto à praia, também diz ter devolvido “cada centavo” dos R$ 31 mil que gastou com o cartão no ano passado.
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2 comentários:
Mas pelo menos houve transparência com a goiana opulenta.Já é meio caminho andado.
A copiosa goiana mostrou,e muito bem, o que era dela. Estes lunfas gastam o que é nosso, sem a menor satisfação e na maior cara de pau.
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