Os cartões de crédito continuam infernizando o governo. O problema migrou da Esplanada dos Ministérios para o Palácio do Planalto. Identificaram-se três funcionários da presidência da República que, munidos dos famigerados cartões, fazem a feira do Alvorada e da Granja do Torto. Juntos, torraram em 2007 R$ 205 mil. A relação de compras inclui de mantimentos a vinhos finos.
Deve-se a revelação aos repórteres Fábio Portela e Naiara Magalhães. Levaram às páginas de Veja detalhes antes restritos ao ambiente da despensa presidencial. As revelações irritaram o general Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional). Entre as atribuições do general está a de prover segurança a Lula e seus familiares.
Para Félix, a divulgação dos dados relativos à compra de mantimentos da família presidencial, com valores e, sobretudo, com os nomes dos fornecedores, põe em risco a integridade do presidente, sujeitando-o a atentados. Segundo a visão do general, os dados, por sigilosos, jamais deveriam ter sido divulgados no Portal da Transparência, um sítio gerido pela CGU (Controladoria-Geral da União).
O Planalto tomou duas providências: 1) mandou retirar da rede as informações que dizem respeito a Lula. 2) determinou a abertura de um processo administrativo, para identificar os responsáveis pela divulgação dos dados que supunha sigilosos.
O que chama a atenção em mais este capítulo da crise dos cartões é a desenvoltura com que funcionários do Planalto sacam do bolso o retângulo de plástico financiado com dinheiro do contribuinte. O governo realiza regularmente licitações públicas para comprar, pelo menor preço, os mantimentos e as bebidas que recheiam as despesas e as adegas das duas instalações que servem de residência para Lula em Brasília.
O que espanta é que os cartões, que, em tese, serviriam apenas para os gastos “emergenciais”, são usados com notável desenvoltura também na aquisição de gêneros alimentícios para o presidente. Dos três funcionários incumbidos pelo Planalto de ir à feira, dois foram mais comedidos. Gastaram cerca de R$ 90 mil em 2007. Um terceiro, porém, levou aos extratos do cartão presidencial notáveis R$ 115 mil. Chama-se José Henrique de Souza. Está lotado no Planalto. Mas dá expediente no Alvorada e no Torto. Vão abaixo alguns dos itens que constam da lista de compras de José Henrique:
R$ 55.400 foram gastos nos supermercados Pão de Açúcar;
R$ 23.800 foram deixados numa casa de carnes chique de Brasília: Reisman. O estabelecimento é conhecido na Capital por levar às suas vitrines refrigeradas os melhores cortes para churrascos. A picanha argentina sai a R$ 48 o quilo. A carne de coelho, muito apreciada por Lula, custa R$ 26;
R$ 14.800 forraram a caixa registradora do Mercadinho La Palma. Situado na Asa Norte de Brasília, vende vegetais frescos, iguarias e temperos.
R$ 1.200 foram despendidos pelo funcionário da presidência em padarias;
R$ 2 400 pagaram vinhos adquiridos na casa Wine Company.
Na semana passada, submetido a um noticiário acerbo, o governo anunciou um lote de mudanças nas regras que norteiam o uso de cartões. Divulgou-se também a intenção de tornar ainda mais difundida a prática de realizar despesas por meio dos cartões. Alegou-se que, desse modo, o controle dos gastos é mais intenso e a transparência é maior. Descobre-se agora que a disposição do governo de expor os gastos tem limites. Os de Lula devem ser mantidos longe dos holofotes. Em nome da segurança nacional.
O que chama a atenção em mais este capítulo da crise dos cartões é a desenvoltura com que funcionários do Planalto sacam do bolso o retângulo de plástico financiado com dinheiro do contribuinte. O governo realiza regularmente licitações públicas para comprar, pelo menor preço, os mantimentos e as bebidas que recheiam as despesas e as adegas das duas instalações que servem de residência para Lula em Brasília.
O que espanta é que os cartões, que, em tese, serviriam apenas para os gastos “emergenciais”, são usados com notável desenvoltura também na aquisição de gêneros alimentícios para o presidente. Dos três funcionários incumbidos pelo Planalto de ir à feira, dois foram mais comedidos. Gastaram cerca de R$ 90 mil em 2007. Um terceiro, porém, levou aos extratos do cartão presidencial notáveis R$ 115 mil. Chama-se José Henrique de Souza. Está lotado no Planalto. Mas dá expediente no Alvorada e no Torto. Vão abaixo alguns dos itens que constam da lista de compras de José Henrique:
R$ 55.400 foram gastos nos supermercados Pão de Açúcar;
R$ 23.800 foram deixados numa casa de carnes chique de Brasília: Reisman. O estabelecimento é conhecido na Capital por levar às suas vitrines refrigeradas os melhores cortes para churrascos. A picanha argentina sai a R$ 48 o quilo. A carne de coelho, muito apreciada por Lula, custa R$ 26;
R$ 14.800 forraram a caixa registradora do Mercadinho La Palma. Situado na Asa Norte de Brasília, vende vegetais frescos, iguarias e temperos.
R$ 1.200 foram despendidos pelo funcionário da presidência em padarias;
R$ 2 400 pagaram vinhos adquiridos na casa Wine Company.
Na semana passada, submetido a um noticiário acerbo, o governo anunciou um lote de mudanças nas regras que norteiam o uso de cartões. Divulgou-se também a intenção de tornar ainda mais difundida a prática de realizar despesas por meio dos cartões. Alegou-se que, desse modo, o controle dos gastos é mais intenso e a transparência é maior. Descobre-se agora que a disposição do governo de expor os gastos tem limites. Os de Lula devem ser mantidos longe dos holofotes. Em nome da segurança nacional.
3 comentários:
Caro General Jorge Félix:
Vá lamber as botas (ou outra parte do corpo dele), faça-me o favor, dizer que fornecer estes dados à imprensa é questão de segurança! Não queremos que ele morra, muito pelo contrário, vai viver muito ainda...na cadeia! E como não possui curso superior, cela comum junto com os da laia dele.
O General da Banda de lá não gostava da banda da banda de cá.
Que falta faz um General de verdade.
Caro Giulio, caro Ronaldo São Carlos, já imaginaram o Operário na cadeia, depois de ter-se acostumado com uísques estrangeiros, talvez charutos de Havana, picanha importada, carne de coelho, acepipes finíssimos, ternos Armani? E cela comum????...
Ai, que delícia, poder voltar a dar aula (se bem que vou me aposentar, mas amo o ensino), sem escutar dos alunos que cultura não vale de nada, que o Operário é rico sem cultura. Então a resposta é que ele tomou algumas aulas para falar melhor e que precisa de publicitários para divulgar sua imagem; que esses publicitários são pessoas muito estudadas etc. etc. etc. e não adianta nada, mesmo por causa do Foro de São Paulo: as drogas da Farc falam mais alto. Quem trabalha com a juventude, vê cada vez mais que o Brasil não tem solução. É o 1984, do George Orwell.
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