12 de fev. de 2008

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que não há fato determinado que justifique a instauração de uma CPI para apurar o uso de cartões corporativos em seu governo. "As denúncias de mau uso do cartão corporativo foram feitas contra o governo atual. Este é o fato determinado para a criação de uma CPI , como exige a Constituição", afirmou, acusando que a CPI se transformou numa mera manobra política. "Começou mal".
O ex-presidente ressalvou que suas críticas à forma como a CPI foi criada não significam nenhum temor pela investigação de suas contas. Salientou que sua carreira política foi sempre baseada na transparência: "Nunca sofri nenhuma acusação no plano moral, não tenho nada a esconder", destacou.
Fernando Henrique disse ter tomado conhecimento de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito que abriria suas contas pessoais, se o antecessor fizesse o mesmo. "As minhas contas não estão comigo, estão com o atual governo. Eles não precisam nem de CPI para investigar. Basta olhar os documentos que têm em mãos".
Apesar dos equívocos que apontou, FHC disse que não tomará nenhuma providência, no aspecto legal, contra a CPI, embora faça questão de registrar a falha constitucional que marca o requerimento inicial, elaborado, aliás, por um deputado de seu próprio partido, Carlos Sampaio (SP).

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2 comentários:

Anônimo disse...

O que diz o ex-presidente faz todo o sentido. Se o PT quizesse já o teria feito. Pq não fez? Pq, com certeza não há nada que desabone a conduta do ex-FHC neste assunto ou outros.

Um detalhe que a sociedade observa: é que os petistas estão fazendo de tudo para que a fiscalização não chegue ao Palácio (gastos de Lula e de D.Marisa).

Aí tem...podes crer!Aí tem...

Getulio Jucá disse...

Esse acordo entre partidos PSDB e PT para livrar FHC e Lula das investigações do Cartão Corporativo atende a que interesses do país? Como fica a nossa democracia? E o cidadão comun pagador de impostos, como vê este acordo entre canalhas?

Como fica a sociedade assistindo a mais esta aberração de um acordo costurado entre os que fazem e desfazem da coisa pública?

Ora, se cometeram o ilícito que paguem pelo mal-feito! O que não é justo é alegarem acordos para livrar a cara de um e de outro.

Até onde irá se sustentar a nossa já frágil democracia, se aceitarmos este tipo de acordo espúrio?

Este é um acordo entre ladrões: é um acordo ilícito, sem ética e praticado às barbas da nossa Constituição; às barbas da OAB; às barbas do STF e demais entidades que representam o povo brasileiro e ficam caladas assistindo a tudo.