17 de fev. de 2008

Que vergonha Timmy!

Por Ralph J. Hofmann

Que fique bem claro, o Timmy a que me refiro não é meu amigo Timothy de Porto Alegre, mais jovem ornamento de uma família honrada e que sempre batalhou por ideais.
Então já sabem, o Timothy a que me refiro, e que não conheço é o Mulholland. Assim como um índio lê pegadas na savana ou no mato, suas pegadas para todos nós são claras.
Não precisa nem confirmar. Se não for um criminoso é um prepotente, superficial e idiota.
Quem gasta o valor de uma mansão para reformar uma residência funcional que desocupará em alguns anos só pode ser estulto. Me preocuparia muito menos se tivesse embolsado a bufunfa. Ou será que estes 400 mil reais foram apenas a ponta do iceberg? Aquela fácil de detectar.
Para ter uma idéia, ao assumir a reitoria Timothy Mulholland dizia que a dívida da instituição era de R$ 9 milhões. Então passa a gastar 5 - 6% disto na sua residência oficial.
Por ocasião da sua eleição no Blog Ralacoco que parece ser de estudantes da UnB um indivíduo de alcunha Joey Tchutchuá escreveu, referindo-se à eleição deste Timmy: “No mais tal vitória abre oportunidade para novos negócios”.
Muito interessante, o que Joey Tchutchuá sabia que não sabemos?
Longe de mim aceitar rótulos para diferentes nações. É claro que nem todos os irlandeses são beberrões e policiais corruptos de Boston e New York, ou bombeiros. Nem os portugueses burros, nem os chineses e japoneses inscrutáveis como o Dr. Fu-Manchu.
Contudo mesmo os paranóicos às vezes realmente têm inimigos.
Ao ver pela primeira vez o nome do Reitor envolvido no caso dos cartões lembrei do filme “Chinatown”.
Neste filme o motivo dos crimes era a guerra pela água em torno de Los Angeles na Califórnia. Certas pessoas compravam terras nos arredores da cidade pois haviam comprado as autoridades que iriam fazer um aqueduto e valas de irrigação que viriam a multiplicar infinitamente o valor da terra.
Este roteiro se baseou na realidade. O vilão foi um imigrante irlandês de Belfast, engenheiro autodidata que fez poucas e boas manobras e chicanas para alijar os fazendeiros do Vale Owens, para desviar a água do Rio Owens para o Los Angeles. Os fazendeiros acabaram resistindo, dinamitavam tubos e barragens até que o Superintendente de Águas enviou guardas armados de metralhadoras para derrotá-los. Houve muitas mortes e os fazendeiros, descendentes dos colonos originais, acabaram na penúria.
E o nome do imigrante de Belfast?
William Mulholland. Prova de que o crime compensa. No fim da sua carreira uma barragem construída por ele ruiu horas após o mesmo ter emitido o seu certificado de conclusão e segurança. Quinhentas pessoas morreram. Mas William Mulholland é quem dá o nome ao “Mulholland Drive”, importante avenida de Los Angeles.

6 comentários:

PapoLivre disse...

Eta gentinha caprichosa esta dos aéticos, A UnB que foi um bastião nos tempos dos anos militares. Darcy Ribeiro como fundador, Cristovam Buarque reitor e depois o crédula da CPMF, ter como reitor uma figurinha carimbada. Só ELE pode cuidar!!!!

Anônimo disse...

Caro Ralph, Sr. Francisco, ficaram os exemplos?

Abreu disse...

Caro Ralph,

Especialmente quando toda essa sorte de coisas anda acontecendo em Brasília, e não vemos, não ouvimos nem tomammos conhecimento por nenhuma forma, de qualquer mínima movimentação por parte daquele procurador tido como paladino da ética e da probidade, conhecido por Luiz Francisco de Souza, de péssima memória, chego a perder as esperanças nas instituições...

Claro que "me recupero", mas confesso, "não é fácil"! Os petralhas tomaram o poder de assalto para nos assaltarem e se venderem como pobres-pobres-coitados.

E "nós", o que temos feito a respeito?

Saudações,

Ralph J. Hofmann disse...

Eu reclamo, dissemino a existência da porcaria. Quem não cala não consente.
Mas acho que temos de enviar evangelistas aos receptores de Bolsa-família avisá-los que nesta marcha seus filhos também serão peões mortos de fome sem profissão.

Anônimo disse...

Eu também não me calo quando me doi o calo.
A perversidade está na política de transformar os assistidos pelas "bolsas" em uma Legião dos Inválidos da Pátria.Um gigantesco curral eleitoral que configura o maior estelionato eleitoral que se tem notícia.
O Rei Diomédis tinha um curral gigantesco com cavalos que comiam carne humana; um dos 12 trabalhos de Hércules era o de lavar aquela imundície.
O herói mitológico teve que desviar o curso de um rio que passando por lá fez a limpeza e em seguida voltou o rio ao seu curso normal.
Quero crer que o desvio do S. Francisco tenha pouca água para limpar a merda que este governo está acumulando

Abreu disse...

● Cássio,
Logo que li seu texto, já tinha compreendido seu ponto de vista. Acabo de ler meu comentário (e me espantei, de tão mal escrito!), e acho que não discrepamos, caminhando pela mesma trilha.

● Ralhp,
Que a força esteja conosco.