25 de fev. de 2008

Um vitupério que terá um final nefasto

Por Giulio Sanmartini

José Sarney por traz de seu ar de bonachão é na realidade um malvado, tanto quanto o foi Antônio Carlos Magalhães, mas com uma diferença, este primava pela coragem e destemor, já Sarney é um pusilânime que carrega a parte podre maquiavelismo e mesmo assim o pratica de forma canhestra e ridícula.
Niccolo Machiavelli (1469/1527) que é um dos melhores exemplos do homem renascentista. Era um malvado, mas com uma inteligência aguda, tendo ao praticá-la criado o neologismo maquiavélico (alguém caracterizado pela má-fé, ardil, velhacaria).. Já Sarney é um especialista em bajular os que estão no poder, desprezando os fracos e os em decadência, haja vista a forma que tratou Fernando Henrique Cardoso, quando este estava no fim do cargo e nada mais tinha a sugar-lhe.
O presidente Lula, ingenuamente e sentindo-se onipresente pelo alto nível de aceitação de seu governo, de pois de usá,-lo está excluindo José Sarney da divisão do butim, dando preferência à sua inimiga Dilma Rousseff.
Agora o ex aliado pretende se licenciar do mandato de senador por quatro meses para descansar e dedicar-se a um livro de memórias. Foi sua forma de mostrar de mostrar se desagrado ao antigo amigo Lula, esse fato renderá frutos amargos para o presidente.

Por Leandro Mazzini, no Informe JB

O veterano dá sinais de cansaço, mas não está combalido politicamente. A guerreira de armas em punho resiste às investidas, saiu-se vitoriosa no calor das nomeações do verão, mas cambaleia com o poderio do adversário. O senador José Sarney (PMDB-AP) e a chefe da Casa Civil do Planalto, Dilma Rousseff (PT), travam nos bastidores a mais interessante batalha dos últimos anos.
Dilma resiste às indicações de Sarney para o setor elétrico, dominado por ele há décadas. Sem a facilidade de nomear afilhados como antes, diante da negativa da ex-ministra de Minas e Energia que também quer seu naco, o veterano pediu o boné. Numa conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, semana passada, Sarney avisou que sairia de cena. Em outras palavras, alertou: "Se meus nomes têm problemas, os de Dilma não escapam".
O outono do patriarca renderá frutos amargos para o presidente, assim espera a família. A exemplo do pai, mas por motivos de saúde, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) vai se licenciar por 30 dias. Curiosamente, ontem, entre cochichos, o deputado Zequinha Sarney (PV-MA) ameaçava levar todo o partido para a oposição.

3 comentários:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Mais um ato da tragicomédia Brasil, dirigida por um sapo de barba, trajado de Armani.
Aliás, aplica-se bem ao diretor e ao ator principal, o ditado antigo:
Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento...

Anônimo disse...

Na briga entre a fome e a vontade de comer pelos cargos da Eletrobrás, quase estou torcendo para a Vaca Mimosa, só para deixar o grande escritor escrever outro horror pior que o "Marimbundas de Fogo". Vai ser um alívio ver esse execrável em sua vida privada por uns tempos.

Anônimo disse...

E o velho oligarca de cachaço grosso e vetustas bochechas, se recolhe ao belo latifúndio encastelado numa região paupérrima do Maranhão,magoado por fora e maquiavélico por dentro,juntando munição para dar o pulo do gato.
Das tertúlias, como dono de gado e gente e do sólido apadrinhamento com os poderosos, recua de uma batalha,para reverter em ganho o movimento seguinte.E das trincheiras de sua vasta bigodeira, planeja como capitão de longo curso; se finge de fogo morto, para como um Fenix nordestino, reviver das próprias cinzas.
Ou é fogo fátuo ou fogo de Santelmo, e eu espero que seja mais efêmero que a luz na bunda do vagalume.