A oposição, com os tucanos e democratas puxando o desanimado cordão do contra, não tem muito a comemorar com a sofrida vitória da indicação do presidente da CPI Mista dos Cartões Corporativos. Na barganha com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (foto) - um quadro do PMDB-RR em ascensão na mediocridade da representação popular - o governo ficou com a relatoria entregue aos cuidados do deputado Luiz Sérgio, do PR-RJ, que recebeu o agrado para furar o anonimato e brilhar na luz da ribalta.Mas, salvo engano que queima a língua do apressado, o escândalo dos cartões de crédito já dissipou o seu modesto capital e começa a descer os degraus do desinteresse da população.
É mais um escândalo no recorde do mandato da reeleição. Se não achar a pepita de ouro puro de um saque com cartão da turma do primeiro time do Palácio do Planalto, é improvável que a rotina de depoimentos de envolvidos na farra com o dinheiro público para o pagamento de contas em free shop, aluguel de automóvel com motorista para cinco dias de turismo, sem compromisso na agenda em branco, tenha fôlego para justificar a ocupação de segundos no horário nobre dos noticiários das redes de TV ou as manchetes nos jornais. As revistas tentarão estourar bolhas de denúncias que sustentem a chamada na capa.
Descartado o esperneio petista, forçado a ceder a presidência ao PSDB e com as ressalvas de possíveis equívocos nos palpites, o presidente Lula pode dar o caso dos cartões como moribundo, em estado terminal. (leia Villa-Bôas Corrêa aqui)
Um comentário:
Até pode ser que não aconteça nada dessa vez, Adriana, mas pode acontecer algum fato novo, principalmente briga entre facçoes que se sintam prejudicadas ou um fato jurídico novo ou um escândalo que os pegue de jeito ou um dossiê internaconal, sei lá. A PIG, como a chama Amorim, ainda é um time desarticulado que só levanta a bola mas não está fazendo o gol da vitória. É porque as pessoas trabalham isoladas e a grande imprensa, em geral, não está com ela. Ás vezes penso que seria legal fazer um Congresso da PIG para pressionar a Justiça, as Controladorias, o Congesso, a ABI, mas aí pode acontecer como no Rio Centro. Também não dá porque muitos blogueiros estão prefrindo trabalhar como anônimos.
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