25 de fev. de 2008

Vai ser uma mudança difícil

Por Giulio Sanmartini

Quando se afastou do cargo há um ano e meio para tratamento de saúde, Fidel Castro escreveu:
“Trairia minha consciência ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total que não estou em condições físicas de oferecer. Digo-o sem dramatismo. A meus queridos compatriotas, que me deram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo seio devem ser adotados acordos importantes para nossa Revolução, comunico que não aspirarei e nem aceitarei – repito – não aspirarei e nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-chefe.”
Fato é que Castro cumpriu o incrível tempo de quase 50 anos de ditadura, cumprindo nesse interminável período todas as atitudes possíveis, desde a censura de imprensa à ao controle de locomoção.
No mundo inteiro se continua a falar na carta de despedida de Fidel Castro e de quem poderá ser o novo “presidente” . Nas paradas dos ônibus s pessoas que esperam em longas filas conversam basicamente sobre a carência de alimentos.
Todavia a ilha está dividida em diversas Cubas: a negra e mestiça que hoje representa o dobro da branca, com seus rito afro-cubanos enquanto os branco são católicos.
O 25% das famílias brancas que recebem de qualquer forma dólares, aquelas negras, quase nada; 100 dólares equivalem a alguma coisa como 2.500 pesos, o salário oficial é de 250 pesos (10 dólares).
Como acontece no Haiti , a gente se refugia no sexo, baile, rum, nos furtos, mercado negro e em evitar o trabalho.
Tem depois a Cuba do interior, do campo, que está ainda pior, não dispõe nem de água para o banho de chuveiro.. Seguindo, a Cuba do turismo sexual e da prostituição. A Cuba do apartheid que dá tudo aos estrangeiros que trazem dólares, enquanto impede aos cubanos desfrutar suas próprias praias e restaurantes. E finalmente a Cuba da cana de açúcar, da pecuária, da industria leve e dos produtos agrícolas que quase desapareceram.
Pra o próximo governo, mudar a herança do castrismo será uma tarefa muito difícil. (Texto de apoio:Carlos Franqui – Diário Cubano)

3 comentários:

Anônimo disse...

Giulio, Os tópicos estão cada vez mais atentos ao Mundo atual. Cumprimentos!

Anônimo disse...

Tem gente que passa pela vida e deixa uma imagem de dignidade, respeito, serenidade e é assim que serão conhecidos, em qualquer tempo e condição.

Que pena que também exista gente que passa pela vida e deixe uma imagem como a de fidel, de hitler, de bush, do chapolim piorado colorado, do messias tupiniquim... assim como de outros imbecís egóticos... mesmo com as bajulações da imprensa desonesta, mesmo com a divisão de parte do butim, mesmo com a falta de discernimento de um povo sem cultura e do apoio de idiotas que imaginam ser intelectuais...

Coitados!!!!

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Celso tem razão. A História se encarregará de colocar a múmia no devido lugar do panteão: Fará companhia a Lenin, Stalin, Hitler, Mao, Pol Pot e outros assassinos reconhecidos do planeta, provavelmente indo abraçar seu ex-amigo Chê.