17 de mar. de 2008

Anilhados, sim, papagaiado não

Por Fabiana Sanmartini

Eu tinha me programado para responder ao leitor Abreu, que desejava saber sobre sexagem de papagaios. Bom vai aqui uma resposta breve e sem muitas explicações: DNA, é preciso procurar uma clinica veterinária que faça este tipo de exame de sangue, qualquer outra forma de determinar o sexo é achismo.
Hoje ao abrir o jornal me deparei com a notícia sobre contrabando animal. São aves de todas as espécies, coleiros, curiós, trinca-ferros, canários da terra, em sua maioria papagaios, jandaias, tucanos, micos e tantos outros. Eles são despenados, sedados e para cada cem capturados, apenas 2 ou 3 chegam vivos e em condições tão deploráveis que muitos não sobrevivem. Vem presos em meias de seda dentro de canos de PVC.
Morando em Maricá devo dizer que tenho diversos canários da terra que me acordam em uma baderna diária. Vivem soltos, fazem ninhos nas minhas mangueiras eu coloco comedouros de papagaio com comida específica para canários. Bebedouros para beija-flor, estes não devem conter açúcar na água, fermenta, faz mal ao pássaro. Caso coloque-os, use dextrose ou mel, e lembre-se de trocá-los diariamente. Tenho também um coleiro, Napoleão, é anilhado, ou seja, vem de criador legalizado.
Vale lembrar que quem compra animais silvestres sem ser de criadores legalizados pelo IBAMA faz a chamada economia porca! Ou seja, economiza alguns reais e de troco é conivente com o contrabando. E pior, que compra no contrabandista é tão criminoso quanto ele. Não adianta usar a desculpa esfarrapada de que comprou por pena do animal. Comprou e o contrabandista ganhou e semana que vem trará outros, e muitos morrerão no translado. Portanto é caridade cabeluda e estímulo á matança de animais. Isso sim deveria ser combatido com o mesmo afinco que se combate a utilização de animais em pesquisa. Deixo novamente bem claro que sou contra QUAQUER tipo de crueldade, mas quando tenho dor de cabeça tomo neosaldina. Muitas medicações e avanços na área médica foram conseguidos através destas pesquisas. E o mais importante, todos fazemos uso destes avanços. Mas isso já é assunto pra outro artigo.

Um comentário:

Abreu disse...

Fabiana,
Tenho uma Amiga apaixonada por papagaios e que — devida e legalmente autorizada pelo IBAMA, possui um enorme recinto no litoral paulista, destinado à recuperação de aves silvestres (papagaios em especial) apreendidas pelas autoridades ambientais e que não tenham destinação.

Soraya perde relacionamentos "humanos", mas não admite sequer bincadeiras com seus amados papagaios.

Outro dia, visitando-me para um almoço, em meu escritório, deparou-se com alguns espíritos de porco, ôps, alguns corinthianos, os quais quase pôs para correr depois de brincarem sobre a sexagem dos papagaios (para ela, isso é coisa das mais sérias).

Então, quando li seu artigo, logo me lembrei do assunto e agora posso ver que a resposta que ouvi era mesmo séria.

Agora, só de "brincadeira": e os papagaios, como se identificam entre si, se são machos ou fêmeas?
Saudações,