Com um tom acima da linha habitual de seu conservadorismo, a ata evidenciou a percepção de que, entre os técnicos do BC, há a convicção de que será preciso conter o impacto do aquecimento da demanda nos preços: a alta foi cogitada para reduzir o "descompasso" entre o ritmo do crescimento da demanda e da oferta, movimento que poderia, na visão do Copom, desencadear pressões inflacionárias com repasse de preços. Segundo o texto, a "demanda doméstica robusta", que "não mostra sinais de arrefecimento", pode conduzir o país a afastar-se das metas de projeções do IPCA - 4,5% para este ano. Em português mais claro: o banco enxerga o lobo e lançará mão em breve de mais juros para segurá-lo a fórceps. Manteve a taxa, enfim, mas pediu prudência para o futuro.Que o Copom enxergue lobos - reais ou imaginários - com lentes mais ampliadas do que os outros mortais é quase um ato da natureza destes tempos. O equívoco é antecipar preocupações, expor expectativas, aplacar projeções, exagerar na prudência e introduzir uma incerteza inútil ao mercado. Fundamenta-se na idéia, de caráter duvidoso, segundo a qual o Brasil não pode crescer acima de 4,5%. Tal premissa é típica do conto-do-vigário espalhado pelo sistema financeiro, tese que ainda está por ser comprovada na teoria e na prática. (leia mais no JB) - Foto: Henrique Meirelles, presidente do Banco Central.
Um comentário:
Caro Giulio, sacomé, é a partir dessas papagaiadas plantadas que "os mesmos", recebendo sinais de notícias plantadas, ganham milhões e milhões, aplicando seu dinheiro naquilo que vai ser indicado para aplicar. Hoje é dólar, amnhã é Bolsa, depois de amanhã é renda fixa ou variável e assim vai. E o coitadinho do povo recebendo 0,5% na poupança.
Postar um comentário