14 de mar. de 2008

Bom exemplo

3 comentários:

ma gu disse...

Alô, Adriana.

71% erram em matemática básica. Outros 19% só sabem o que é.
D. Luis I está entre os 10% faltantes, dos que não tem nem idéia do que seja...

Anônimo disse...

PQP. Fui das professoras que participaram dessa avaliação. Meus drogadinhos conseguiram resultados que não sei nem o que são. Ainda tenho que analisar. Mas é assim: eles tiveram em Português escala 260,9. A melhor escola do litoral conseguiu mais ou menos 293 e a pior conseguiu mais ou mmenso 243. O máximo é 450, mais ou menos, dentro de uma escala para 3º ano de Ensino Médio. Isso em Português. O interessante é que dentro da Região, mais ou menos em 1998, onde eu trabalhava, nós conseguimos ser praticamente os melhores do Estado. E aí, com Fundef, Fundeb sei mais o quê, as Prefeituras encamparam a Educação e hoje Secretários da Educação dão rasteira em todo mundo e conseguem ser candidatos a Prefeito e os resultados são esses. Um professor sozinho não faz verão. Temos que pensar que verbas não faltam. São 18% do Orçamento do Estado e 25% do Orçamento do município, suficiente para fazer com que Secretários da Educação dos municípios sejam os próximos Prefeitos na próxima legislatura. Qualquer dia, Adriana, vou sistematizar tudo o que tenho e mandar-lhe por e-mail.Só falo agora isso: merenda vira merda. O MEC denunciou sem punir um superfaturamento de alunos. No esquema dos Sanguessugas tenho arquivos de concessões de ônibus escolares. Chalita, Secretário de Educação de Alckmin, em 2006, mudou a escala de habilidades, barateando-a.
Em 2007 não houve avaliações no Estado de São Paulo, mas as avaliações nacionais e internacionais já colocavam o Estado de São Paulo entre as últimas praticamente do mundo e do país. O negócio é grave. Serra chamou a professora Maria Helena Guimarães, de Brasília, um dos maiores nomes capazes de fazer frente ao descalabro do anafalbetismo que impera no país e no Estado. Por duas vezes ela deu entrevista na Veja e, sendo publicado no blog do Reinaldo de Azevedo, eu, essa pobre comentarista do seu blog e também do blog do Reinaldo, aproveitei o ensejo e alertei a Secertária para o descalabro da Educação, talvez sem nenhum resultado, pois os tais candidatos continuam candidatos, autopromovendo-se municipalmente com verbas do Estado. A Secretária ficou muda. Já me comuniquei com assessores da Secretária anterior, mas ela caiu e acho que Serra, na sua ânsia de sentar em várias cadeiras ao mesmo tempo, esquece que a Educação é um dos calcanhares de Aquiles de sua Administração. Os resultados são baixos, mas já foram melhores na era Covas, apesar da idiota da Lila querer indenização atualmente para um homem que teve seu poder e seus sucessos.
Lembro-me de uma fala do Lula, talvez em um dos poucos momentos sóbrios, em que ele afirmava: na Educação e na Saúde, as nomeações não podem ser políticas; na Saúde, isso dá morte e na Educação, anafalbetismo.
Sou uma trabalhadora da Educação com 35 anos de janela, mas agora fiquei inválida para o trabalho ativo e uma das maiores tristezas que tenho, entre tantas alegrias na Educação, é ver que tudo foi politizado, que os alunos não valem nada diante dos cabides de emprego, dos apartamentos comprados, das churrascadas, das fotos em jornais pertencentes a laranjas, do nepotismo, do caixa dois, do enriquecimento ilícito, das homenagens proporcionadas por Cãmaras de Vereadores regiamente pagas pela corrupção e pela lavagem de dinheiro, das reformas das mansões, do bufanato em comemorações oficiais... E da regressão da aprendizagem, das premiações do senhor Haddad a pífias prefeituras e ao conformismo diante de resultados piores do que os dos anos anteriores, com propósitos mascarados de melhoras que nunca virão se continuar essa política esquizofrênica, barata e corrupta.

Cantinho do Joe disse...

Rô,sou da época do "primário",isto é,lá se vão uns cinquenta anos.Pois bem, nesse período o conhecimento,a tecnologia avançaram uma enormidade e imagino que com esse leque que se abriu haveria necessidade do aumento da carga horária de aulas.No entanto,houve uma redução.Será que existe uma política de emburrecimento dos nossos governantes?Ou será que eles são tão burros que não conseguem enxergar o óbvio?