2 de mar. de 2008

Villas-Bôas Corrêa

Lula despediu os últimos constrangimentos e entrou na pré-campanha para as eleições municipais - preliminar na partida decisiva da sua sucessão, em 2010 - com o desembaraço de quem não se preocupa em fingir que está fiscalizando o canteiro de obras do PAC ou a distribuição da Bolsa Família.
Com as muitas depurações impostas pelos escândalos da temporada que não tem fim e os ajustes na substituição de peças que se envolveram em trapalhadas, o presidente reajustou a equipe palaciana para deixá-lo livre e solto para a campanha, na dissimulação que não esconde o rosto nem as intenções.
Desnecessário lembrar que a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, é a sua virtual vice-presidente e a candidata natural para sucedê-lo.
Autoritária e discreta, não cria embaraços ou constrangimentos.
Se o ministério é um arranha-céu de muitos andares, os inquilinos podem ser divididos em muitos blocos, desde a turma da primeira fila, e que são poucos, aos que cultivam o anonimato como a purgação da sua insignificância.
O presidente está solto para a singular campanha de quem não pode ser candidato ao terceiro mandato, nem assumir nos discursos de todos os palanques montados nas paradas do seu programa de viagens que preenche a sua agenda até o último prazo da propaganda oficial. (leia mais)

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