16 de mar. de 2008

O Brasil e suas viúvas

Por Adriana Vandoni

Triste essa história da viúva de Covas pedir indenização. Como disse o Reinaldo Azevedo, o cara foi tão prejudicado, mas tão prejudicado pela ditadura, que virou prefeito biônico de São Paulo, governador eleito duas vezes e só não foi eleito presidente porque o povo não quis.
Não ponho minha mão no fogo pela sua honestidade. Sabe como é, não é?, mas ele nunca foi envolvido em escândalos, se bem que naquela época não havia internet e tinha um contraponto muito grande, o Paulo Maluf. Perto dele qualquer um viraria anjo e Mário Covas, pra mim, fazia parte desse rol, o dos anjos.
Gostava dele, achava-o mais preparado que FHC para ser presidente pelo PSDB, o via como o gerentão que o Brasil precisava, e ainda precisa. Votei nele na eleição do Collor, e gostaria de ter votado em São Paulo na sua eleição para governador.
Talvez ele nem fosse tudo que eu sempre pensei dele, talvez eu o tenha idealizado pela simples necessidade humana de ter exemplos ou líderes.
Mas ... morreu e tenho ouvido umas histórias familiares, meio assim com ... vamos dizer ... com muito tato ... vou pensar um pouco ... como diria ... empresas do ramo da retirada de restos e descartáveis produzidos pela população de municípios, se é que me entendem??? Essas recentes revelações da atuação de familiares de Covas, meio que me prepararam para este pedido de indenização da dona Lila.
Fiquei calejada com a política!

7 comentários:

Anônimo disse...

Dona Lila, Dona Lila, tome jeito mulher, o Mário esta na cova e a senhora procura uma teta; ora Dona Lila procure o caminho das pedras, entre para o PT, a senhora vai ter mais que uma simples indenizaçãozinha. Ai vai chover muito na sua horta, e a senhora ainda foge da praga de "ganhar o que Maria ganhou na horta".
Valei-me Nosso Senhor Jesus Cristo, tá todo mundo alvoroçado querendo mamar.

Abreu disse...

.
Dona Lila não devia ter feito isto.
Seja como for, e críticas à parte, nosso senso crítico parece excessivamente inclemente!

Anônimo disse...

Cara Adriana, estava morta de saudade do marreta porreta poeta. Ele andou sumido. Marreta, espero-o em julho no Congreso do Prosa e Política de cara nova, com novo logotipo. Contatos comigo.
Agora vou soltar o verbo em relação ao Covas. Trabalhei no Governo dele lá pelo 10º escalão. Era comissionada, num cargo de coordenação pedagógica, junto à Diretoria Regional de Ensino. O que era trabalhar no Governo dele? Independentemente da política barata que ele fazia para governar, dos acordos políticos etc. etc. etc. com que, nessa época, nem sonhávamos, era tudo muito honesto, limpo, sincero, onde a competência fazia diferença e muita. Nunca me arvorei de competente, mas trabalhadora sempre fui. Quando falei de resultados de avaliações externas, num comentário a um post do seu blog, disse que trabalhei muito tentando levantar os resultados, percorendo escolas (eram 69 escolas na época sob a jurisdição de minha coordenação), de ônibus, levando uma sacolinha de café, açúcar, papel higiênico, textos xerografados para os propfessores. Na nossa equipe, todos tínhamos o mesmo sentimento pela Educação e, nessa época, nossa região se destacou como uma região pujante de originalidade, porque partíamos do princípio de que educar era como se fosse um trapézio de variantes que, juntas, formavam
uma concepção de escola como gestora de aprendizagem.
Com a morte de Covas, morreu um sonho que já era realidade e nasceu um sonho insípido com gosto de Chuchu, onde pessoas medíocres que seriam capazes de matar a mãe para terem uma orelha aparecendo numa fotografia oficial puderam dar seu golpes para sobressaírem.
Bem, sobressaíram. Hoje são candidatas a cargos eletivos. Haddad as premiou porque tiveram certas escalas no SAEB, sem falar até onde poderia ir tais escalas. A mediocridade se instalou e nesses dias vimos que os alunos não sabem Matemática e melhoraram em Português. Melhoraram em relação a 2005, logo após a gestão do Senhor Chalita, em que as tabelas de habilidades foram barateadas. Mas não em relação a 1996, quando foi a 1ª avaliação externa no Estado e não em relação a 2002 nem a 2004. Mas tudo é passado, Covas está morto e Lila quer a grana. Também estou calejada em política, Adriana.

Unknown disse...

Só vou se for montado na Mulla !!!

Anônimo disse...

Foi uma pequena viajem para manter vivos os pequenos vícios da pequena burguesia.
Quanto ao congresso,o que me preocupa, foi o fato de ter chamado o Bush de "enforcador" e desde então vejo um sorriso meio sinistro na Condoleezza.
Me assusta também ver a entisicada Marina assustada com o desaparecimento daquelas toras medonhas.
Quanto ao Brairo, preciso saber se ele sabe usar moto serra, se souber, não boto os pés lá.

Anônimo disse...

Ela está reivindicando o quê está na lei. Amigos, quaisquer um de nós também entraria na fila para pedir este benefício. Portanto o erro, se houver, não é ela e sim da legislação. Me parece tão óbvio.
Assim como o escritor Cony que recebeu uma fortuna de indenização e uma aposentadoria vitalícia milionária.

Anônimo disse...

Tudo bem, vou ficar muito feliz, morrendo rodeado de muitos médicos, centenas deles usando todos recursos.
O chefe deles me perguntando toda hora, doi? e eu respondendo: Só quando dou gargalhada.