1 de abr. de 2008

Cheiro de corrupção

"Ao que parece, salvo raras exceções, não existe na administração publica, municipal, estadual e federal, algo que não exale o fartum da corrupção." (G.S.)
A corrupção na cidade de Campos, Estado do Rio, é tão gritante que é possível encontrar numa delegacia uma eleitora prestando queixa porque levou calote de R$ 50 depois de vender seu voto.
Na terra dos petrodólares, a Bacia de Campos acoberta um mar de larápios. Esse flagrante foi da equipe do JB, em 2006, na eleição municipal suplementar – o prefeito Carlos Alberto Campista (foto), eleito em 2004, foi cassado no ano seguinte por irregularidades na campanha.
Campos é conhecida pela extração de petróleo. Recebe milhões de reais em royalties. Mas as administrações amargam sucessivos vexames. Uma operação da PF afastou o prefeito Alexandre Mocaiber e mandou 14 para a cadeia. Ficou a pergunta: onde foram parar os R$ 100 milhões de royalties que a Petrobras acaba de depositar na conta da prefeitura?
O buraco da prefeitura é ainda mais fundo que os poços perfurados em alto-mar. O MP investiga as maracutaias da agência de publicidade contratada por Mocaiber. Seria de um deputado federal carioca, prestes a ser denunciado. No meio dessa crise, o ex-prefeito de Campos Anthony Garotinho – com medo de ser preso, sob alegação de perseguição política – impetrou pedido preventivo de habeas corpus no STJ, o que foi negado. O tribunal deixou o recado: quem não deve, não teme.

Por Leandro Mazzini

2 comentários:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Quando se pesquisa petróleo no fundo do mar próximo à costa, a primeira camada é mesmo de 'sargentos' depositados ali, quase sempre levados por emissário submarino, se é que Campos tem um.
A ação preventiva do Garotão foi tentar evitar que o produto respingasse nele...

Anônimo disse...

Caro Giulio, quando digo que de uma pequena irregularidade que vi por aqui, tive que começar a pesquisar toda a máfia, inclusive internacional, você me entende, né?