28 de abr. de 2008

Basta de tapioca, queijos e vinhos

Por Chico Bruno

O Brasil tem tantos problemas urgentes para resolver e ficam suas excelências, na tal da CPMI da Tapioca, brincando de cuspe à distância, tal qual um bando de meninos amarelos.
Ler nos jornais e sites as excelências governistas e oposicionistas medindo forças para ver quem descobre o que fulano ou sicrano consumia no exercício de cargos federais é ridículo e constrangedor.
Enquanto isso, bem nas barbas das excelências que brincam na CPMI da Tapioca, o presidente Lula reúne os líderes da base aliada do governo para ordenar que derrubem na Câmara os projetos de aumento do salário dos aposentados, o que trata do fim do fator previdenciário e a Emenda 29 aprovadas no Senado.
Os projetos que beneficiam os aposentados são de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
A Emenda 29 é de autoria de outro petista. Tião Viana (AC), vice-presidente do Senado, é autor do projeto de lei que define regras para o financiamento da Saúde.
Para Lula, Paim e Tião são irresponsáveis, assim como todos os senadores que votaram pela aprovação das propostas.
Lula demonstra que está pouco se lixando para a situação dos aposentados e da saúde pública. Ele está preocupado em agradar o mercado.
Aliás, Lula também está pouco se lixando para a Amazônia, que desperta tanto interesse no mundo inteiro, mas continua relegada ao segundo plano por ele, que segue o mesmo modelo de seus antecessores.
Para tapar o sol com a peneira estão providenciando alguns tapa-buracos. Como a Nova Lei do Estrangeiro, produzida pelos burocratas da Secretaria Nacional de Justiça, que está na Casa Civil e será enviada ao Congresso até junho. Ela prevê que estrangeiros ONGs e instituições similares internacionais, mesmo com vínculos religiosos, precisarão de autorização expressa do Ministério da Defesa, além da licença do Ministério da Justiça, para atuar na Amazônia Legal. O projeto prevê multas que vão de R$ 5 mil a R$ 100 mil para os infratores e expulsão do país.
O outro tapa-buraco é um estatuto específico para regulamentar à atuação das ONGs que atuam em terras indígenas, reservas ecológicas e faixas de fronteira.
O governo agora admite não ter controle da região Amazônica, talvez forçado pelo discurso do general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, comandante militar da Amazônia, que fez um alerta ao país sobre a ausência do poder público brasileiro na região, discurso que vem sendo repisado há muito temo pela deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), presidente da Comissão da Amazônia, que conhece a região tão bem ou até melhor que o general.
Infelizmente, precisou um militar abrir a boca para a fila andar, enquanto eram os civis que denunciavam a fila ficou parada.
Enquanto isso tudo acontece no país, as excelências se divertem na CPMI da Tapioca. Isso é uma vergonha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é uma vergonha!
Mas eles não sabem o que é vergonha,desde há muito eles perderam a capacidade de distinguir o que é licito, moral, ético, acreditam na santidade de seus atos, e acham que sob os holofotes da mídia ganha ponto aquele que atirar merda mais longe.
A rigor,essas excelências não passariam em um teste de integridade; imaginem uma investigação deles a partir do próprio TC,ou da polícia.
A esmagadora maioria dos políticos, são e estão mais sujos que "pau de galinheiro" e basta verem na televisão suas caras de puritanos para se sentirem acima do bem e do mal, aí arrostam o civismo farisaico.
Enquanto os temas de interesse do povo são entregues nas mãos sujas do governo corrupto, eles gastam o tempo nivelando por baixo numa sanha fedida de tornar público quem roubou menos ou mais.

Anônimo disse...

Deixa o hómi trabaiá! Agora, ele está preocupado em ser o melhor pai do mundo. Vai dar para a galega botocuda, no dia das mães, um dos filhos mais ricos do mundo!