Dilma Rouseff deporá esta semana na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, mas não será indagada apenas a respeito das obras do PAC.
Senadores de oposição preparam perguntas relativas à elaboração do dossiê dos gastos da família Cardoso com cartões corporativos. Está disposta a não fugir de qualquer questão, ainda que só deva responder o que quiser, e como quiser. Será o óbvio, a deduzir.
Não se imaginam grosserias, muito menos desrespeito por parte dos inquiridores, sequer que a direção da Comissão abra brechas na rotina dos trabalhos. Sendo assim, depende exclusivamente da chefe da Casa Civil recuperar a imagem esmaecida por sua mais recente entrevista coletiva, há dez dias, quando se complicou em explicações turvas que pouco explicaram.
Engana-se, ao menos por enquanto, quem supõe o presidente Lula abandonando mais um salva-vidas capaz de impedi-lo de levar a democracia para as profundezas. Traduzindo: depois do naufrágio das candidaturas de José Dirceu e Antônio Palocci, a estratégia do chefe do governo é de não deixar naufragar a hipótese de Dilma surgir como candidata do PT à sucessão de 2010.
Senadores de oposição preparam perguntas relativas à elaboração do dossiê dos gastos da família Cardoso com cartões corporativos. Está disposta a não fugir de qualquer questão, ainda que só deva responder o que quiser, e como quiser. Será o óbvio, a deduzir.Não se imaginam grosserias, muito menos desrespeito por parte dos inquiridores, sequer que a direção da Comissão abra brechas na rotina dos trabalhos. Sendo assim, depende exclusivamente da chefe da Casa Civil recuperar a imagem esmaecida por sua mais recente entrevista coletiva, há dez dias, quando se complicou em explicações turvas que pouco explicaram.
Engana-se, ao menos por enquanto, quem supõe o presidente Lula abandonando mais um salva-vidas capaz de impedi-lo de levar a democracia para as profundezas. Traduzindo: depois do naufrágio das candidaturas de José Dirceu e Antônio Palocci, a estratégia do chefe do governo é de não deixar naufragar a hipótese de Dilma surgir como candidata do PT à sucessão de 2010.
Registre-se até que nas mais recentes pesquisas sigilosas pipocando por aí a dama de ferro começou a emergir. A exposição explícita a que se submeteu depois do aparecimento do dossiê pode não ter satisfeito a mídia nem o Congresso, mas serviu para apresentá-la ao povão, sempre mais atento à forma do que ao fundo.
Estarão definidas as preliminares da longínqua equação sucessória? Nem pensar. As surpresas e agruras de cada dia costuma modificar sólidas previsões, quanto mais simples raciocínios descompromissados. Continua no páreo todo o tipo de opções, do aparecimento de outro companheiro ou companheira capaz de disparar na reta final, como Patrus Ananias, Tarso Genro ou Marta Suplicy, assim como não se afasta a atropelada por fora de puro-sangue tipo Aécio Neves ou Ciro Gomes.
Jamais se eliminará, também, a possibilidade de interdição da pista, porque o terceiro mandato acaba de receber o reforço de um dos mais importantes empresários de São Paulo, Lawrence Pih, que nem representante é do setor financeiro-especulativo, aquele que permanece à sombra, preparadíssimo para surgir no momento certo. Porque de uma realidade não se duvida: sabem os banqueiros e acólitos que viverão muito melhores dias com mais quatro ou cinco anos de Lula no palácio do Planalto do que com José Serra subindo a rampa.
Aliás, se uma comparação puder ser feita entre os dois, partindo-se do passado, ficará claro que Serra, então acusado de comunista, presidiu a União Nacional dos Estudantes, discursou no comício do dia 13 de março de 1964 e teve sua cabeça a prêmio, precisando exilar-se no Chile.
Já o Lula nasceu do sindicalismo de resultados, jamais contestou o capital ou pregou a socialização dos meios de produção e teve uma ajudazinha do general Golbery do Couto e Silva para criar o PT. Talvez por tudo isso as massas o prefiram, em vez de Serra. Qualquer dia desses aparecerá um sociólogo para interpretar o processo social de cabeça para baixo.
Como o assunto começou com Dilma Rousseff, vale a repetição, para concluir: o presidente Lula, por enquanto, acredita poder elegê-la...
Estarão definidas as preliminares da longínqua equação sucessória? Nem pensar. As surpresas e agruras de cada dia costuma modificar sólidas previsões, quanto mais simples raciocínios descompromissados. Continua no páreo todo o tipo de opções, do aparecimento de outro companheiro ou companheira capaz de disparar na reta final, como Patrus Ananias, Tarso Genro ou Marta Suplicy, assim como não se afasta a atropelada por fora de puro-sangue tipo Aécio Neves ou Ciro Gomes.
Jamais se eliminará, também, a possibilidade de interdição da pista, porque o terceiro mandato acaba de receber o reforço de um dos mais importantes empresários de São Paulo, Lawrence Pih, que nem representante é do setor financeiro-especulativo, aquele que permanece à sombra, preparadíssimo para surgir no momento certo. Porque de uma realidade não se duvida: sabem os banqueiros e acólitos que viverão muito melhores dias com mais quatro ou cinco anos de Lula no palácio do Planalto do que com José Serra subindo a rampa.
Aliás, se uma comparação puder ser feita entre os dois, partindo-se do passado, ficará claro que Serra, então acusado de comunista, presidiu a União Nacional dos Estudantes, discursou no comício do dia 13 de março de 1964 e teve sua cabeça a prêmio, precisando exilar-se no Chile.
Já o Lula nasceu do sindicalismo de resultados, jamais contestou o capital ou pregou a socialização dos meios de produção e teve uma ajudazinha do general Golbery do Couto e Silva para criar o PT. Talvez por tudo isso as massas o prefiram, em vez de Serra. Qualquer dia desses aparecerá um sociólogo para interpretar o processo social de cabeça para baixo.
Como o assunto começou com Dilma Rousseff, vale a repetição, para concluir: o presidente Lula, por enquanto, acredita poder elegê-la...
3 comentários:
Pelo visto, os marqueteiros terão muito trabalho pela frente. Como mudar a imagem de uma mulher que além de grossa, dá coice até na sombra! Vão vender groselha como se fosse Romaneé Conti.
E o passado de uma guerrilheira que desde os anos 80, vive nas tetas de assessoramento, nunca disputou uma eleição, creio que até nem pra síndica de condomínio.
Caro Giulio, caro Ronaldo, se ela passar por essa prova do Senado, na qual estará em exposição pública, o resto é fácil. Xá com o Duda. A propaganda não tem compromisso com a verdade, mas com o consumo de uma imagem que será muito bem trabalhada. A Mãe do Estado cacarejante. Nóis paga a conta.
Alô, caros
Mas, como os bobos da corte do passado, quando não estavam fazendo seu trabalho público, digamos assim, eram as eminências pardas dos reis, porque andavam nas sombras e, ao mesmo tempo, aproveitavam-se de sua extrema liberdade no castelo.
Veja que interessante o texto:
"Que agradável e delicioso oficio, o de "bobo"!
Essa era a exclamação do herói de uma comédia de Alfred de Musset, poeta francês, nascido em Paris em 1810 e morto em 1857. Para se introduzir no palácio do rei da Baviera, um jovem extravagante, Fantasio, teve a a vivacidade de se vestir como o "bobo"da corte, que tinha morrido no dia anterior. Esse truque foi muito bem sucedido:
"Ando de um para outro lado, neste palácio - continua ele - como se sempre o tivesse habitado. Há pouco encontrei o rei, que não teve, sequer, a curiosidade de olhar para mim. Depois da morte de seu "bobo"oficial, haviam-lhe dito: Sire, aqui está outro! Não foi preciso mais! Posso fazer o que bem entendo sem que me detenham com a menor observação. Sou um dos animais domésticos do rei da Baviera e, se quiser, enquanto conservar minha bossa e minha cabeleira, poderei viver aqui até minha morte, gozando a vida, sem ter com que me preocupar."
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