São sete e meia da manhã em Brasília. Uma quarta-feira. Poucos deputados e ministros estão na cidade. Estão quase todos viajando. Uns ainda não voltaram de seus fins de semana. Outros acabam de sair para o próximo fim de semana. Nas imediações dos Ministérios jornalistas de rádio, jornal, revistas e televisão estão reunidos. Foram tirados do sono dos justos ou dos braços de suas amadas ha uma hora atrás pelos diretores de suas empresas que telefonaram ou biparam todos eles e os mandaram ficar aguardando os acontecimentos.
Para sua surpresa encontraram no local enormes caminhões servindo café quente e forte, sanduíches, quibes, esfihas, pastéis e sonhos. Tudo de graça.
Às oito horas começam a entender. Começam a chegar ônibus cobertos de bandeiras, faixas e demais penduricalhos, hoje associados com movimentos clandestino-oficiais em suas invasões de fazendas e prédios públicos. Estranhamente ninguém reconhece inicialmente as pessoas ilustradas nos imensos cartazes pendurados nos ônibus. Uma das figuras finalmente é reconhecida. Uma senhora em vestes esvoaçantes, vendada carregando uma balança. Logo a seguir são reconhecidos outros cartazes. Voltaire, Adam Smith, John Stuart Mills, Margaret Thatcher, Ayn Rand e por aí afora.
São 500 ônibus de vinte lugares e mais quinhentos ônibus de quarenta lugares. Estão acompanhados de vinte trios elétricos.
A caravana dá duas voltas nos ministérios enquanto os guardas e seguranças miram atônitos. Os trios elétricos Começam a tocar o Hino Nacional, o Hino da Independência, o Hino da Cavalaria, o Hino da Marinha, Aeronáutica, a música dos Grand Prix de Fórmula Um e os hinos das diversas copas do mundo ganhas pelo Brasil.
A seguir abrem-se as portas dos ônibus e descem, em boa ordem, vestidos em roupas esportivas os maiores empresários do Brasil, além de outros empresários representando as empresas de qualquer dimensão.
Caminham deliberadamente rumo às portas dos ministérios. Passam pelos guardas atônitos e se refestelam em todas as salas dos ministérios.
Põem-se a manusear as pastas nas mesas dos ministros. Ocasionalmente fotografam algumas páginas.
Os guardas continuam atônitos. Não ousam interferir com aqueles senhores e senhoras, gestores dos maiores empreendimentos do país.
Lá fora artistas de renome internacional começam a fazer shows nos trios elétricos. Vão desde música brasileira até a nata dos artistas internacionais. Metade da população da periferia de Brasília se desloca para a cidade para ver e ouvir o show.
Os Ministro da Pesca,é o único que está na cidade. O Vice-presidente está e Blumenau na sua fábrica fechada. Com dificuldade os assessores conseguem lembrar que Lula está na República dos Camarões acompanhado de Dilma, Jobim e um elenco de ministros milionários. Lula não pode voltar imediatamente pois seus pilotos esgotaram as horas de vôo possíveis antes de uma folga de 48 horas.
Finalmente o Ministro da Pesca se dirige ao Palácio da Alvorada onde sabe que está o líder dos invasores dos prédios. No caminho constata que há mais de 25.000 pessoas egressas dos ônibus cercando os prédios, afora a população de Brasília assistindo os shows.
Chegando ao Palácio da Alvorada é recebido polidamente, lhe é servido um cafezinho e mandam que sente numa ante sala. Dez horas depois, tendo tomado vinte cafezinhos, trinta e cinco brioches, caldo de cana e espetinhos de filet-mignon, abandona o local esbravejando frustrado.
O sítio continua noite adentro. Às cinco da madrugada uma equipe de limpeza trazida de São Paulo entra nos prédios e limpa todas as dependências.
A seguir todos abandonam na melhor ordem os prédios entram nos ônibus e abandonam o lugar. Os trios elétricos tocam: Apesar de Você, Sabiá (Vou Voltar, sei que Vou Voltar ...), Alegria, Alegria.
Novamente oito horas da manhã. A cidade parece estar de ressaca. Os mais estultos tentando entender o que aconteceu. Os mais espertos não se atrevem a pensar no que significa o que aconteceu.
São 500 ônibus de vinte lugares e mais quinhentos ônibus de quarenta lugares. Estão acompanhados de vinte trios elétricos.
A caravana dá duas voltas nos ministérios enquanto os guardas e seguranças miram atônitos. Os trios elétricos Começam a tocar o Hino Nacional, o Hino da Independência, o Hino da Cavalaria, o Hino da Marinha, Aeronáutica, a música dos Grand Prix de Fórmula Um e os hinos das diversas copas do mundo ganhas pelo Brasil.
A seguir abrem-se as portas dos ônibus e descem, em boa ordem, vestidos em roupas esportivas os maiores empresários do Brasil, além de outros empresários representando as empresas de qualquer dimensão.
Caminham deliberadamente rumo às portas dos ministérios. Passam pelos guardas atônitos e se refestelam em todas as salas dos ministérios.
Põem-se a manusear as pastas nas mesas dos ministros. Ocasionalmente fotografam algumas páginas.
Os guardas continuam atônitos. Não ousam interferir com aqueles senhores e senhoras, gestores dos maiores empreendimentos do país.
Lá fora artistas de renome internacional começam a fazer shows nos trios elétricos. Vão desde música brasileira até a nata dos artistas internacionais. Metade da população da periferia de Brasília se desloca para a cidade para ver e ouvir o show.
Os Ministro da Pesca,é o único que está na cidade. O Vice-presidente está e Blumenau na sua fábrica fechada. Com dificuldade os assessores conseguem lembrar que Lula está na República dos Camarões acompanhado de Dilma, Jobim e um elenco de ministros milionários. Lula não pode voltar imediatamente pois seus pilotos esgotaram as horas de vôo possíveis antes de uma folga de 48 horas.
Finalmente o Ministro da Pesca se dirige ao Palácio da Alvorada onde sabe que está o líder dos invasores dos prédios. No caminho constata que há mais de 25.000 pessoas egressas dos ônibus cercando os prédios, afora a população de Brasília assistindo os shows.
Chegando ao Palácio da Alvorada é recebido polidamente, lhe é servido um cafezinho e mandam que sente numa ante sala. Dez horas depois, tendo tomado vinte cafezinhos, trinta e cinco brioches, caldo de cana e espetinhos de filet-mignon, abandona o local esbravejando frustrado.
O sítio continua noite adentro. Às cinco da madrugada uma equipe de limpeza trazida de São Paulo entra nos prédios e limpa todas as dependências.
A seguir todos abandonam na melhor ordem os prédios entram nos ônibus e abandonam o lugar. Os trios elétricos tocam: Apesar de Você, Sabiá (Vou Voltar, sei que Vou Voltar ...), Alegria, Alegria.
Novamente oito horas da manhã. A cidade parece estar de ressaca. Os mais estultos tentando entender o que aconteceu. Os mais espertos não se atrevem a pensar no que significa o que aconteceu.
3 comentários:
Será um movimento social profissionalizado e terceirizado?
Se for isso, o teatro de operações comandado pelo general da banda vai publicar na ordem do dia, devidamente redigida por ghost writer e aprovada por um gestor de reputação, a interpretação correta do evento.
"O aspecto positivo da manifestação fica por conta dos relógios Cartier, da mochilas de grife e das filmadoras de ultima geração com seus milhares de pixels.Isso demonstra que eles estão comendo mais, se vestindo melhor e usufruindo dos pequenos vícios da burguesia.O que é um avanço!"
Alô, Ralph.
República dos Camarões, é? Interessante...
Depois ele ia para Paris especialmente comprar molho Rosé e conhaque Hennessey. Na volta eles vão comer camarão ao molho rosé com conhaque a bordo.
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