Por Carlos Chagas
Para quem se dedica a estatísticas, pela quadragésima segunda vez o presidente Lula desmentiu a hipótese do terceiro mandato.
São Pedro perde de goleada, só negou Jesus Cristo três vezes. Mesmo assim, tornou-se chefe da Igreja. Em entrevista aos Diários Associados, divulgada no fim de semana, o presidente chegou a taxar de obscenidade antidemocrática a possibilidade de disputar as eleições de 2010.
Não há porque duvidar da sinceridade dele, mas será sempre bom não esquecer as lições já referidas aqui de um dos maiores mestres da política nacional, o saudoso deputado e ex-presidente da Câmara, Zezinho Bonifácio. Para ele, todas as afirmações e compromissos existem para ser cumpridos, exceto diante do fato novo e do fato consumado. Tem sido assim através dos tempos.
Diante da certeza de um tucano instalar-se no Palácio do Planalto, admitirão o PT e seus aliados abrir mão do poder? As massas pensarão na volta ao tempo das agruras e do desemprego? E os banqueiros, frente à iminência de considerável redução em seus lucros? Ficariam de fora as centrais sindicais? O Supremo Tribunal Federal? Oito de seus onze ministros, no mínimo, terão sido nomeados pelo presidente Lula. No Congresso, solidifica-se a maioria governista. Os militares? Os militares, como um dia disse Getúlio Vargas, "os militares baterão continência...".
Um comentário:
O dinheiro é tudo nesse mundo.
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