O saldo do ciclo militar
Jarbas Passarinho no Jornal do Brasil
Ao receber o governo, Castello Branco convidou Roberto Campos (foto) para ministro extraordinário, a fim de retomar os trabalhos do Ministério do Planejamento, interrompidos na fase final do governo Jango. Roberto aceitou, certo de que – disse ele – que o governo Castello Branco seria um "governo contador: Juscelino deixara contas a pagar, Jânio não tivera tempo de pagá-las e Jango as havia aumentado mais".
Propôs que, não tendo recursos para obras, fizesse reformas, começando pela política antiinflacionária, pois a inflação estimada era de 145% ao ano. O FMI insistia em política de choque. Castello discordou optando pelo gradualismo. O FMI era contra a correção monetária. Foi criada. As reformas se sucederam: lei de remessa de lucros, política salarial, o imposto de renda, o sistema financeiro da habitação e criação do Banco Nacional de Habitação, a reforma bancária e a criação do Banco Central, o Estatuto da Terra, a política cambial, a reforma do sistema fiscal e a lei do inquilinato, entre outras.
Modernizado o país, a inflação cedeu e o PIB começou a crescer. Os governos seguintes colheram os êxitos da sementeira de Castello, sobreveio o milagre econômico (assim batizado pela mídia estrangeira e não pelo governo), crescendo o PIB à média de 9,5% ao ano, na gestão do presidente Médici, de emprego pleno, o que Lula reconheceu entrevistado pelo historiador Ronaldo Costa Couto, em 1989: "Nós trabalhadores escolhíamos o emprego que queríamos".
A economia brasileira atingira a oitava posição no mundo. A comparação com os 20 anos do poder civil, em que a economia cresceu em média 2,5% ao ano e foi para o 15º lugar no mundo, dá vantagem indiscutível ao ciclo militar.
Jarbas Passarinho no Jornal do Brasil
Ao receber o governo, Castello Branco convidou Roberto Campos (foto) para ministro extraordinário, a fim de retomar os trabalhos do Ministério do Planejamento, interrompidos na fase final do governo Jango. Roberto aceitou, certo de que – disse ele – que o governo Castello Branco seria um "governo contador: Juscelino deixara contas a pagar, Jânio não tivera tempo de pagá-las e Jango as havia aumentado mais".
Propôs que, não tendo recursos para obras, fizesse reformas, começando pela política antiinflacionária, pois a inflação estimada era de 145% ao ano. O FMI insistia em política de choque. Castello discordou optando pelo gradualismo. O FMI era contra a correção monetária. Foi criada. As reformas se sucederam: lei de remessa de lucros, política salarial, o imposto de renda, o sistema financeiro da habitação e criação do Banco Nacional de Habitação, a reforma bancária e a criação do Banco Central, o Estatuto da Terra, a política cambial, a reforma do sistema fiscal e a lei do inquilinato, entre outras.
Modernizado o país, a inflação cedeu e o PIB começou a crescer. Os governos seguintes colheram os êxitos da sementeira de Castello, sobreveio o milagre econômico (assim batizado pela mídia estrangeira e não pelo governo), crescendo o PIB à média de 9,5% ao ano, na gestão do presidente Médici, de emprego pleno, o que Lula reconheceu entrevistado pelo historiador Ronaldo Costa Couto, em 1989: "Nós trabalhadores escolhíamos o emprego que queríamos".
A economia brasileira atingira a oitava posição no mundo. A comparação com os 20 anos do poder civil, em que a economia cresceu em média 2,5% ao ano e foi para o 15º lugar no mundo, dá vantagem indiscutível ao ciclo militar.
3 comentários:
Alô, Giulio.
Suscinto e real resumo da obra do Bob Fiels, em quem os membros do glorioso partido sempre fizeram questão de arremessar excrementos. Por isso agora podemos dizer que eles se refestelam naquilo que arremessaram...
Oi, Giulio desta vez o passarinho voou muito. Não era aquela maravilha, pois o endividamento era muito grande. Hoje, o Molusco continua na mesma linha, só que se endividando internamente e se aproveitando do capital-motel para fingir que temos superavit. É uma política econômica que não leva a nada. O crescimento menor deve-se também a que o montante do PIB da corrupção hoje é maior que então.
Rô
O endividamento foi por conta do Delfim. E ele conseguiu o endividamento devido a atuação saneadora anterior do Campos.
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