6 de abr. de 2008

Uma economia consciente

Meirelles defende atuação isenta do BC e sinaliza alta de juros
Celia Froufe da Agência Estado


Em meio a especulações sobre mudanças no regime cambial brasileiro e na meta de superávit primário - arrecadação menos as despesas, exceto o pagamento de juros -, além das apostas no mercado financeiro de que haverá elevação dos juros este mês, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse neste sábado, 5, em Miami, que bancos centrais não devem se basear em medidas populares apenas de momento para tomarem suas decisões, mas, sim, têm de optar pelo que é melhor para o País e que será popular apenas no futuro.
"Subir e descer taxas de juros é algo que faz parte da rotina dos bancos centrais do mundo inteiro. O importante não é o movimento de taxa de juros. O importante é termos inflação na meta, país crescendo, economia estabilidade e empregos sendo criados", enumerou.
Para que um banco central seja bem sucedido, na avaliação de Meirelles, não pode ter preocupações de ordem política. "Por dever de ofício, os políticos olham o passado e qualquer banco central tem que olhar o futuro", afirmou a jornalistas, durante participação na 49ª Reunião Anual da Assembléia de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
"No passado, o BC tomou medidas que hoje são extremamente populares", defendeu. "E uma das razões do sucesso da economia brasileira hoje é a autonomia do BC do Brasil, concedida e reiterada pelo presidente da República", continuou.

Um comentário:

Anônimo disse...

O efeagacista aí agrada muito a banca.Prova disso é que não existe banqueiro tristonho.
Qual seria a alternativa?
Nenhuma!