28 de abr. de 2008

Universalização da ignorância

Por Adriana Vandoni

Na semana passada a retransmissora da Globo em MT fez uma matéria sobre a situação das escolas públicas no estado. Numa delas houve a denúncia de falta de livro escolar, não por acaso foi a escola apontada como uma das piores do Brasil. Esse é apenas um exemplo, a foto ao lado é de uma escola no interior de MT.
Ontem o programa do Faustão contou a história do garoto Esaú da Silva Santos, de Jaboatão dos Guararapes (PE), de uma família humilde, cuja renda é não chega a R$ 300, que enfrentou todas as dificuldades para estudar e passou na Universidade Estadual de Pernambuco para medicina em 1º lugar. A mãe do garoto foi muito clara ao afirmar: “sempre dei prioridade à educação, diante de tantas dificuldades nunca quis que os meus filhos trabalhassem”. O pai contou que já passaram fome, mas que no colégio, “vez ou outra tinha merenda”.
Essa família é o exemplo do que é sair de uma situação de miséria e a comprovação de que a educação é a única salvação do Brasil.
Fico imaginando quantos Esaús existem pelo Brasil, mas que infelizmente não possuem pais com a consciência dos de Esaú e que recebem uma educação pífia, terminam o segundo grau a reboque e se formam através da imensa campanha do governo federal de aumento de vagas nas universidades.
Hoje no programa “Café com o presidente” Lula afirmou: "Agora a implantação do Reuni nas universidades federais existentes e nas novas que nós estamos criando, fazendo com que, ao invés de termos apenas 12 alunos por professor, vamos ter 18 alunos por professor, aumentando nos próximos quatro anos aproximadamente mais 400 mil vagas nas universidades brasileiras públicas para a juventude”.
Logo se vê que o presidente não tem estudo, quanto menos alunos para cada professor, melhor o atendimento, o ensino, a dedicação e conseqüentemente, o aprendizado.
Mas Lula não se importa com isso. A qualidade do ensino não tem valor, o que tem valor é o número de votos que ele amealha. Nas escolas pode faltar livros, merenda, ter “trocentos” alunos por professor.
É a política da ignorância. Primeiro grau medíocre, vagas fáceis, professores sobrecarregados resultando em profissionais despreparados.
É a massificação da ignorância.
Com esse investimento às avessas, o Brasil se nivela por baixo.

2 comentários:

Chacon disse...

Na verdade ele que ser um Pedro Stedli maior, quer que os brasileiros sejam ignorantes como ele e trabalhem como camponeses, essa é a base da sua teoria.

Anônimo disse...

Prezada Adriana,
Realmente o sujeito mencionado é o resto de pessoas que não pensam. A ignorância dele é inata. Esse infeliz é um desatino só.

Onde já se viu um professor dar aulas para 12 alunos? Só se vê isto ocorrer em aulas de Doutorado, pelo menos na UNB onde fiz meu Mestrado - na minha turma tinham 36 alunos. Nas turmas de graduação chega a ter 30 ou mais alunos.

Dei aulas de Matemática em uma faculdade chamada Unip (espalhada pelo Brasil todo) em turmas com 80 ou mais alunos (usava microfone para ensinar). Em turmas de Direito tinham mais de 80 alunos por turma, chegandoa 100 (cem).
Pergunto ao imbecil:
- Será que um aluno sem base acompanhará aulas de curso superior?
É uma dificuldade tamanha ensinar para tantos alunos. O nível de aprendizado é muito baixo. Aproveita-se uns cinco a dez alunos. O restante não entende nada.

Isto sem falar na miséria de salário-aula paga aos professores.