14 de mai. de 2008

Do feijãozinho para o cofrinho

Há uma brincadeira de crianças que diz que quem pinta é pintor, quem inventa é inventor e quem tem idéias é idiota, este último cabe como uma luva para as idéias do ministro Guido Mantega.
Ele anunciou hoje a criação de um fundo que será administrado pelo governo no exterior, o fundo soberano. Ele terá como objetivo garantir uma poupança contra crises, apoiar empresas no exterior e retirar dólares de dentro do país para impedir uma valorização maior da moeda norte-americana.
A criação desse fundo vem sendo muito criticada por economistas, já que parte do dinheiro virá dos recursos da arrecadação de impostos e será utilizado para financiar empresas.
Além disso, para poupar esse dinheiro extra, o governo terá de fazer um esforço a mais na contenção de gastos, ou dos investimentos. Mantega afirmou que o dinheiro desse fundo não entra no cálculo do superávit primário, economia que o governo já faz para pagar os juros da dívida pública, cuja meta é de 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2008. Na prática, no entanto, ele representará uma poupança a mais, além dessa economia.
"É como um cofrinho. Você recebe o seu salário, você faz despesas, aí sobra um recurso. Aí você coloca no cofrinho", disse Mantega. "Se houver uma emergência, uma necessidade, você terá um fundo de reserva", disse hoje o ministro ao lançar o fundo.

Texto de Apoio Eduardo Cucolo

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